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segunda-feira, 19 agosto 2024 08:08

Indústria Extractiva: Jovens empresários locais destacam maior abertura da Vulcan Moçambique

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Alguns jovens empreendedores da província de Tete, onde operam as multinacionais nos mega-projectos de exploração do carvão mineral, dizem haver actualmente, na Vulcan Moçambique, maiores oportunidades de negócios para as pequenas e médias empresas locais em relação à então Vale Moçambique.

 

Em entrevista à “Carta de Moçambique”, Rachid Camal, representante da empresa Moz Class, diz que na época da multinacional brasileira Vale, por exemplo, havia no mercado muitas empresas estrangeiras subcontratadas, mas com o novo patronato abandonaram a mineradora, abrindo espaço para os pequenos empreendedores locais.

 

A fonte explicou que a Vale exigia que as empresas locais estivessem completamente estruturadas, com todos os seguros e outras exigências, o que de certa forma limitava-as de concorrer em pé de igualdade com as estrangeiras com larga experiência no mercado.

 

"A Vulcan não tem tantas exigências assim como a Vale e isso nos dá espaço para competirmos no mercado local", disse Richard Camal, que apelou à maior organização dos jovens empreendedores para tirar proveito das oportunidades de negócios existentes.

 

Dalpiva Varieza, proprietário de três empresas, é um dos jovens empreendedores que não encontra motivos de queixa contra a actual empresa mineradora, a Vulcan Moçambique, contrariamente ao que acontecia com os antigos gestores das maiores minas de exploração do carvão mineral em Tete.

 

O nosso entrevistado alerta a classe empresarial a ser visionária e com espírito batalhador, pois, no seu entender, os jovens empresários não podem atirar culpas às multinacionais, uma vez que nos últimos tempos se mostram abertas em colaborar com o empresariado local.

 

Não obstante esta abertura, alguns relatos dão conta de que, independentemente dos concursos para prestação de serviço nas grandes empresas instaladas em Tete serem públicos, ainda se registam casos em que é preciso ter "apadrinhamento” de alguém bem posicionado nas grandes multinacionais.

 

"É verdade que os concursos são públicos e aparentemente transparentes, mas é preciso sempre ter um padrinho para garantir que as coisas andem", lamentou um jovem que presta serviços numa das multinacionais. (Carta)

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