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segunda-feira, 23 setembro 2024 08:13

CIP acusa Haiyu Mining de cometer crimes ambientais que colocam em causa as comunidades

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Uma nova pesquisa do Centro de Integridade Pública (CIP) aponta a empresa de mineração Haiyu Mozambique Mining, localizada no distrito de Angoche, Nampula, como responsável por crimes ambientais que afectam gravemente as comunidades locais.

 

O estudo, realizado entre Março e Setembro de 2024 e lançado na passada sexta-feira (20) na cidade de Nampula, evidencia impactos sociais, económicos e ambientais negativos decorrentes das actividades de exploração de areias pesadas.

 

O CIP alerta que essa actividade está a intensificar desigualdades sociais e a aumentar a pobreza nas regiões afectadas. Mery Rodrigues, pesquisadora do CIP, destacou que a empresa não respondeu a solicitações de esclarecimento sobre os danos ambientais observados, como o plantio de casuarinas, que prejudica o desenvolvimento de outras espécies nativas.

 

O director do CIP, Edson Cortez, enfatizou que os problemas sócio-económicos e ambientais decorrentes da mineração de areias pesadas não se limitam a Angoche, mas se estendem a várias províncias do país.

 

Cortez criticou a falta de fiscalização eficaz das autoridades e a ausência de transparência nas operações das empresas, apontando que as comunidades frequentemente ficam sem informações sobre os impactos da mineração.

 

Em resposta às acusações, um responsável da Haiyu Mining, Juyi Li, afirmou que as questões levantadas foram resolvidas desde 2017 e que a empresa está comprometida com a recuperação das áreas degradadas.

 

Segundo Li, a comunicação com as comunidades locais é constante e a pesquisa do CIP é baseada em dados desactualizados. (Carta)

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