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sexta-feira, 25 outubro 2024 08:11

Eleições 2024: Malawi lança estado de alerta para os seus cidadãos em Moçambique face à crise pós-eleitoral

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O Consulado do Malawi, em Tete, emitiu um alerta de viagem, avisando os utentes da estrada de Malawi para Moçambique e vice-versa para evitar a rota. O Cônsul-Geral, Happy Jonathan Sakah, aconselhou os transportadores malawianos, incluindo motoristas, para ter extrema cautela ao utilizar a rota Malawi-Moçambique via Zimbabwe.

 

Sakah também instou os malawianos residentes em Moçambique a permanecerem dentro de casa durante o período de protesto de dois dias, que termina hoje, para minimizar eventuais danos.

 

De acordo com a imprensa malawiana, Moçambique está em tensão alta, na sequência de manifestações generalizadas de ontem (24) e de hoje (25), após eleições gerais disputadas realizadas no início deste mês e consideradas as mais fraudulentas de sempre.

 

Não obstante a crise, a Comissão Nacional de Eleições divulgou ontem os resultados que indicam que Daniel Francisco Chapo, Secretário-Geral da Frelimo, venceu a eleição presidencial com um total de 4.912.762 votos, correspondentes a 70,67%.

 

Em segundo lugar, ficou Venâncio António Bila Mondlane, com um total de 1.412.517 votos, equivalentes a 20,32%, enquanto Ossufo Momade ocupou a terceira posição, ao obter um total de 403.591 votos, o que representa 5,81%. Lutero Simango ocupa o último lugar com 223.066 votos, equivalente a 3,21%.

 

Por sua vez, para o parlamento, Frelimo conquistou 195 assentos na Assembleia da República, contra 31 do PODEMOS, 20 da Renamo e quatro do MDM, obtidos em Sofala (dois) e Nampula (dois). Os partidos da oposição em Moçambique alegam irregularidades eleitorais, o enchimento de urnas, entre outros ilícitos.

 

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) tem enfrentado críticas por sua gestão, levando a um descontentamento generalizado entre os apoiantes da oposição. Os protestos estão a ser organizados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido Podemos. As manifestações decorrem nas principais cidades de Moçambique, incluindo Maputo, Beira e Nampula. (Carta/Nation)

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