A deputada e membro da Comissão Política da Frelimo, Ana Rita Sithole, defende que as mulheres devem estar unidas, no próximo dia 15 de Outubro, de modo a aumentar o número de mulheres nas posições de tomada de decisão, pois, na sua óptica, “queiramos ou não, a mulher é a chave do desenvolvimento da sociedade e é o factor de estabilidade em todas as organizações”.
A parlamentar falava esta quarta-feira (19 de Junho), durante o lançamento da Academia Política da Mulher, uma iniciativa do Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), que visa proporcionar um espaço para que a mulher tenha mais conhecimento sobre matérias ligadas à política, democracia, eleições, direitos humanos, de modo a participar activamente na política, não como eleitora, mas como candidata para cargos electivos.
Dirigindo-se aos presentes, em representação da Presidente da Assembleia da República, Ana Rita Sithole enalteceu a ideia, afirmando que a mesma vem numa altura em que se precisa de um instrumento capaz de conduzir a mulher e saber identificar aquilo que as une, como forma de ultrapassar as barreiras partidárias que cada uma representa.
“Esta é a única forma que elas têm para, junto dos seus partidos, fazerem advocacia interna para que estejam representadas a todos os níveis, quer político, administrativo, social ou religioso”, disse.
Por sua vez, Lourena Mazive, Gestora de Projectos do IMD, defendeu que a maior satisfação da organização seria, no fim do projecto, ter pelo menos seis mulheres como governadoras, dos 10 lugares existentes.
A fonte explicou que a Academia irá funcionar em módulos, em todo o país, num contexto regional, em que as mulheres que fazem parte dos partidos políticos, bem como aquelas que estejam interessadas em matérias políticas e que estão nas diversas províncias, se encontrem nas províncias de Nampula, Manica e Maputo. As aulas, por seu turno, iniciam dentro de 30 dias. (Marta Afonso)