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domingo, 20 outubro 2019 03:22

País gasta 16 biliões de Mts anuais para combate da desnutrição crónica

Moçambique gasta, anualmente, 16 mil milhões de Mts para combater a desnutrição crónica, uma doença que afecta 43 por cento da população moçambicana. Os dados foram partilhados, na última sexta-feira, pelo Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino de Marrule, durante a abertura das celebrações do Dia Mundial de Alimentação, data que se celebra a cada dia 16 do mês de Outubro. Este ano, a data foi comemorada sob o lema “Nossas Acções Representam o Futuro, Dietas Saudáveis Para Um Mundo de Fome Zero”.

 

Segundo o governante, o valor corresponde a 10,96 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Sublinhou ainda que 24 por cento da população moçambicana sofre de insegurança alimentar crónica e grande parte desta encontra-se nas regiões norte do país.

 

Assim, Marrule defende a necessidade de se actualizar os indicadores e trazer-se evidências para uma melhor planificação e alcance do impacto desejado no combate a esta situação.

 

A Representante do Programa Mundial de Alimentação (PMA), Karin Menete, que participou do evento, defende que o acesso aos alimentos, em Moçambique, está cada vez mais difícil, quer pela sua disponibilidade, quer pelos custos, o que agrava a situação alimentar do país.

 

Por seu turno, o Representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Hernani Coelho da Silva, frisou que o estado da segurança alimentar e nutricional no mundo, medido pela prevalência da desnutrição, permanece praticamente inalterado desde 2015. Como resultado, uma em cada quatro pessoas encontra-se em situação de insegurança alimentar.

 

Afirmou ainda que a desnutrição é responsável por 55 por cento das mortes de crianças em todo o planeta terra e mais de 670 milhões de jovens são obesos e 40 milhões de crianças abaixo de cinco anos de idade têm peso excessivo.

 

Já a Coordenadora Residente das Nações Unidas, Mirta Kawlard, garantiu que o problema da nutrição não constitui uma preocupação particular das pessoas mais pobres, mas sim uma prioridade bastante importante para todo o mundo, visto que existem muitos problemas de saúde derivados do consumo de alimentos não saudáveis. (Marta Afonso)

 

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