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BCI
quinta-feira, 19 dezembro 2019 04:21

Cerca de 2.8 milhões de hectares da floresta moçambicana em risco de desaparecer até 2035

“Caso os operadores não explorem os recursos florestais de forma sustentável, cerca de 2.8 milhões de hectares de floresta poderão desaparecer até ao ano de 2035, a manter-se a média anual estimada em 155 mil hectares”. Esta informação foi avançada por Cláudio Afonso, da Direcção Nacional de Florestas Nativas e Indústria, do MITADER, durante um encontro de reflexão sobre os desafios do sector florestal, realizado semana passada, em Matutuine, província de Maputo.

 

Aquele representante do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), disse que Cláudio Afonso defendeu que é necessário apostar nas iniciativas de gestão comunitária, assim como integrar a importância de produtos florestais não madeireiros na agenda de desenvolvimento local. Para o representante do MITADER, “há necessidade de se criar um sistema de informação florestal e incrementar o investimento na melhoria da capacidade, planificação, monitoria e administração do património do sector.

 

Afonso entende que se deve apostar na conservação das florestas e fauna bravia dentro e fora das áreas de protecção, bem como no investimento da educação florestal, investigação aplicada e modernização do sector.

 

Afirmou ainda que, de 2017 a esta parte, o país perdeu 220 mil hectares de florestas nativas devido ao abate ilegal de madeira.

 

Em Moçambique, os distritos com o maior risco de desmatamento são Luipo, Meconta, Moma, Monapo e Nacala-a-Velha (Nampula), Gondola e Macate (Manica) e Nhamatanda, na província de Sofala. (Carta)  

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