São, no total, quatro cidadãos de nacionalidade chinesa, provenientes daquele país asiático, que se encontram no território nacional desde o último dia 30 de Janeiro e que se colocaram em quarentena voluntária, numa das estâncias hoteleiras da Cidade de Maputo, no contexto do surto do Coronavírus, que já matou mais de 560 pessoas naquele país.
Durante o seu briefing semanal, o Serviço Nacional de Migração (SENAMI) disse ainda não ter informações sobre a situação imigratória dos quatro chineses, que desembarcaram no país, dois dias depois de o Governo de Moçambique ter suspendido a emissão de vistos de e para China.
Falando à imprensa, na última quinta-feira, o Porta-voz do SENAMI, Celestino Matsinhe, disse que o processo de verificação da legalidade da entrada e permanência de cidadãos estrageiros não se faz à distância e que é necessário que se vá ter com as pessoas, de modo confrontar o passaporte com a pessoa.
“Não podemos avançar se estes cidadãos entraram de forma ilegal ou legal no país. Neste exacto momento, existe uma equipa que está no terreno para fazer a averiguação do processo migratório destes cidadãos: quem são, como entraram. Estando em quarentena, há procedimentos que devem ser seguidos para se ter acesso aos mesmos”, explicou a fonte.
Entretanto, em entrevista à Rádio Moçambique, a Directora de Saúde da Cidade de Maputo, Sheila Lobo, explicou que recebeu a denúncia e, depois de ter visitado a unidade hoteleira, constatou que os quatro indivíduos não apresentam sintomas do Coronavírus e que estão em quarentena como medida de prevenção.
Lobo entende que o medo instalado entre os trabalhadores daquela unidade hoteleira pode estar relacionado com a falta de informação. (Marta Afonso)