As autoridades moçambicanas impediram ontem a entrada de 10 zimbabueanos na fronteira de Machipanda, Centro do país, por terem violado a quarentena que deviam respeitar, disse à Lusa fonte oficial.
O grupo tentou atravessar a principal fronteira terrestre entre Moçambique e o Zimbabué, depois de ter estado em regiões com casos confirmados de novo coronavírus na África do Sul nos últimos 10 dias.
“Sendo zimbabueanos e como não cumpriram com o tempo de quarentena, foram devolvidos” disse Jorge Machava, porta-voz dos serviços de migração em Manica, sustentando que a medida surge no âmbito de ações de resposta contra a pandemia de Covid-19.
A entrada foi negada após o processo de rastreio do novo coronavírus, que inclui a verificação do movimento migratório de estrangeiros nos últimos 14 dias, num posto de saúde improvisado numa tenda, junto ao posto de fronteira.
“Foram devolvidos para cumprir os 14 dias e só depois podem entrar em Moçambique”, acrescentou.
As autoridades migratórias, prosseguiu, reforçaram as medidas de controlo migratório depois de ter sido registado o segundo caso de coronavírus no Zimbabué.
No posto fronteiriço de Machipanda passam, em média, 1.500 pessoas por dia.
A travessia fica situada na província de Manica onde continuam em quarentena dois brasileiros, sendo que outros dois chineses já cumpriram o período de isolamento sem sintomas do novo coronavírus.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 já infetou mais de 194 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 7.800 morreram.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.
O Ministério da Saúde da África do Sul anunciou hoje 31 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, em menos de 24 horas, elevando para 116 o total de casos positivos no país.(Lusa)