Mil e seiscentas e vinte e quatro (1.624) artes nocivas de pesca foram apreendidas, em todo o país, desde o início do período de veda da pesca do caranguejo do mangal e do camarão de superfície, que teve seu início no passado dia 15 de Outubro e prolonga-se até 31 de Março.
Segundo o Director Nacional das Operações no Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), Leonid Chimarizene, desde o início do período de veda foram inspeccionadas 9.868 artes nocivas, das quais 1.624 foram apreendidas.
“Para além de serem artes do arrasto proibidas durante o período de veda, encontramos situações em que as pessoas estão a usar redes mosquiteiras em maior quantidade, sendo que estas são uma arte nociva e muito grave, porque para além de encontrar as todas as espécies, acaba dizimando juvenis e até os ovos”, explicou a fonte.
Segundo Chimarizene, alguns pescadores têm recorrido a sacos de arroz para pescar, o que preocupa ainda mais as autoridades. Por isso, a fonte avança a possibilidade de se agravar o período de veda para seis ou sete meses, o que pode não ser saudável para os pescadores.
Em consequência destas infracções, foram aplicados 114 avisos de multa, tendo sido emitidas multas, num valor global de 2.806.856,00 Meticais e apreendidas 7.9 toneladas de caranguejo, 10.4 toneladas de camarão, 17.8 toneladas de peixe, entre outras espécies avaliadas em duas toneladas.
“Temos tido maior dificuldade de cobrar as multas na sua totalidade porque, neste período, a pesca tem sido feita por pescadores artesanais e grande parte não estão identificados, o que torna difícil a sua localização”, sublinhou Chimarizene. (Marta Afonso)