O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) irá, a partir deste ano, introduzir códigos nos livros de distribuição gratuita, de modo a evitar a sua venda clandestina. A novidade foi avançada pela porta-voz da instituição, Gina Guibunda, em entrevista concedida ao nosso jornal, na semana finda.
Entretanto, segundo a porta-voz do MINEDH, a codificação dos livros estará a cargo das escolas e dos respectivos serviços distritais de educação, facto que já faz prever um “açambarcamento” daquele material didáctico.
“O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano decidiu que cada escola e cada distrito codifique os seus livros para que, quando forem encontrados à venda nas ruas, se possa saber de que distrito o livro pertence e como é que foi aparecer porque esta é uma questão que preocupa bastante o sector da educação”, explicou Guibunda.
Para o presente ano lectivo, disse a fonte, o MINEDH irá alocar perto de 21 milhões de livros, dos quais cerca de 17.5 milhões são da modalidade monolíngue e os restantes referentes à modalidade bilingue, guião do professor e manual do professor.
“Os livros já começaram a chegar. Até semana passada, nós já tínhamos recebido alguns contentores, porém, a distribuição para as escolas ainda não iniciou porque não têm muito espaço para poderem armazenar. Assim sendo, a partir da próxima semana [a presente semana], os livros serão entregues aos distritos para que enviem às escolas, de maneira que, quando as aulas iniciarem, os livros já estejam lá”.
À “Carta”, Guibunda garantiu que o sector da educação assegurou a produção, na totalidade, dos livros para as duas primeiras classes do Sistema Nacional de Educação, sendo que para terceira e quarta classes, o MINEDH voltou a imprimir 40% dos livros, tendo em conta que os mesmos são devolvidos no fim do ano. (Marta Afonso)