A província de Inhambane, no sul de Moçambique, necessita de quase 300 milhões de meticais (quatro milhões de euros) para recuperação pós-ciclones, anunciou ontem fonte do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres.
"Para a província voltar a ser o que era antes da passagem desses ciclones, estamos a precisar de um valor de cerca de 291 milhões de meticais [quatro milhões de euros]", disse Cândido Mapute, delegado do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres em Inhambane.
O delegado falava durante uma sessão do centro operativo de emergência, onde foi analisado o impacto da época chuvosa e ciclónica 2020-2021.
Moçambique foi assolado desde outubro por eventos climáticos extremos, com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.
Segundo o responsável, as áreas que mais precisam de intervenção são a agricultura, educação, saúde e para as vias de acesso.
"Para as necessidades urgentes, sobretudo para os distritos mais afetados, estamos a falar de 41 milhões de meticais [566 mil euros] que o Governo tem de mobilizar urgentemente para fazer face" às necessidades da província, referiu.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas mudanças climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais.
No total, 96 pessoas morreram devido aos ciclones e outros desastres naturais no país, na atual época chuvosa, de acordo com dados do Governo.
As intempéries afetaram 676.314 pessoas e causaram ainda 150 feridos. (Lusa)