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Os estudantes e docentes do ensino superior, em Moçambique, mostraram pouco domínio do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), durante o período de suspensão das aulas presenciais, no ano passado, por conta da pandemia do novo coronavírus.
A conclusão é de um estudo apresentado pela pesquisadora Lurdes Rodrigues, docente da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), no segundo e último dia da II Conferência Científica sobre o novo coronavírus, organizada pelo Instituto Nacional de Saúde (INS).
O estudo, que contou com a participação de diversas universidades públicas e privadas, aponta que todas as instituições do ensino superior do país ressentem-se do fenómeno da Covid-19, pois, todas tiveram de se adaptar ao novo normal, que exigiu o recurso à tecnologia.
Por exemplo, a UEM teve de reajustar seu orçamento, em 2020, para responder à situação da Covid-19, para além de que, no decurso da mudança para o sistema de aulas online, ficou perceptível o fraco domínio no uso das plataformas digitais por parte dos docentes e estudantes.
“Notamos ainda a falta de computadores e smartphones por parte dos estudantes e docentes, falta de fundos para aceder à internet e a fraca qualidade da internet. No entanto, a instituição teve de formar seus docentes no apoio ao uso das plataformas. E, com a retoma das aulas presenciais, teve de admitir todos os estudantes aos exames independentemente das suas notas. Houve ainda a redução de propinas para 40%. Durante o estado de emergência, anulou as multas contraídas durante este período e ofereceu apoio psicológico. Os estudantes que não tinham fundos para ter acesso à internet receberam megas ao preço mais baixo por algumas operadoras e outros tiveram fichas”, explicou.
Já a Universidade Pedagógica (UP), para além dos aspectos mencionados pela UEM, teve ainda de reduzir a mensalidade em 20%. Reduziu também o número de estudantes por cada sala de aulas para até 20 estudantes com a retoma das aulas presenciais. (Marta Afonso)
