Alexandre Chivale, um dos advogados de Armando Ndambi Guebuza, requereu esta terça-feira a audição, como declarante, de Jean Boustani, executivo do Grupo Privinvest, apontado como o indivíduo que trouxe o projecto da Abu Dhabi Mar, uma das empresas do Grupo, a Moçambique.
Segundo o causídico, a audição do libanês pode ajudar a esclarecer “algumas zonas de penumbra” que ainda pairam no processo de concepção do projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva, assim como na contratação das “dívidas ocultas”. Uma das questões ainda por esclarecer é quem terá convidado Jean Boustani para Moçambique.
O pedido foi aceite pelo Tribunal, assim como pelo Ministério Público, porém, com a condição de a defesa partilhar o endereço e os contactos do libanês. O Ministério Público pediu também que se estabeleça um prazo razoável, de modo que a audição do executivo da Privinvest coincida com o calendário do julgamento.
A audição, conforme o despacho exarado pelo Tribunal, será em vídeo-conferência, pois, o juiz entende que a audição ao vivo, na Cadeia de Máxima Segurança da Machava, pode levar muito tempo, enquanto o calendário prevê a audição do último declarante ainda no próximo mês de Outubro. A Ordem dos Advogados defendia, entretanto, que a audição ocorresse em presença física do executivo da Privinvest. (A.M.)