Pessoal, vamos lá ficar um pouco mais atentos. Muito provavelmente, estes senhores querem criar uma República Oculta na cadeia. Olha lá! Não é normal isso! É que o tipo de indivíduos que foram constituídos arguidos (presos e livres) ou que foram simplesmente ouvidos como declarantes no caso das dívidas ocultas são, do ponto de vista de currículo, suficientes para se criar uma República com todos os órgãos que compõem o Estado. É um autêntico governo.
Aliás, o relatório da Kroll é um governo codificado e escondido numa gaveta da Procuradoria. Tem tudo lá, desde presidentes, ministros, secretárias, assessores políticos, governadores, embaixadores, Pê-Cê-As, agentes da secreta, lobistas e empresários. Com a entrada do antigo Governador do Banco Central na equipa já estão criadas as condições para se ter um Estado Oculto que pode funcionar directamente do xilindró.
Eu já estou a começar a ter medo disso! Provavelmente, prender todos os gatunos ao mesmo tempo não seja uma boa ideia. Os gajos podem criar uma República escondida aqui dentro do país. Que tal fazermos uma escala de prisão?! Do tipo, os mais velhos serem presos primeiro, sei lá!!! Ou os presidentes primeiro; depois, os ministros; depois, os embaixadores; depois, os governadores; e assim sucessivamente até chegarmos à secretária! Sei lá né, pessoal, mas todos lá dentro de uma só vez pode não ser bom. Talvez separarmos os gajos: uns nas Américas, outros em Madagascar ou na Antártida.
Podemos estar aqui a pensar que é tudo brincadeira e nos surpreendermos amanhã. Podemos acordar um dia com uma República a funcionar da cadeia, com representações diplomáticas e direito à assento nas Nações Unidas. Ou seja, de repente, as nossas cadeias podem virar um País autónomo. De resto, pelos montantes envolvidos, não será um País qualquer! Será um País com capacidade até de conceder empréstimos à Moçambique para combater a corrupção.
- Co'licença!