O Banco de Moçambique mandou encerrar mais uma dezena de agências de microcrédito não benquistos no mercado financeiro nacional. Do rol divulgado há dias, pela instituição, há um que até ostenta o nome de “Bom Microcrédito”, mas que na verdade de bom não tem nada, senão não estaria na lista negra do Banco Central.
Em comunicado, o Banco de Moçambique não diz porquê ordena o encerramento imediato das agências de microcrédito, mas o facto, depreende-se, resulta de uma fiscalização feita pela instituição durante o mês de Janeiro.
Lembre-se, naquele mês, a instituição veiculou um comunicado, no qual informava que, na qualidade de fiscalizador do sistema financeiro nacional, estava a percorrer palmo a palmo todas as 472 agências de microcrédito que operam no país para (conforme ficou transparente) desvendar instituições que operam à margem da lei.
Dessas perto de 500 agências de microcrédito, desvendou que pelo menos 15 não eram benquistas na praça e que deviam fechar as portas imediatamente. Trata-se das agências RLX Microcrédito, E.I.; Tchizenda Microcrédito, E.I.; Prosap Microcrédito, E.I.; Kochukuro Microcrédito, E.I.; Nathau Microcrédito, E.I.; Microcrédito Essência, E.I.; Grémio Microcrédito, E.I.; Lenira Microcrédito, E.I.; Sezinai Microcrédito, E.I.; Bom Microcrédito, E.I.; Eco Créditos, E.I. (de Arcélio Tivane ); Khulula Microcrédito, E.I.; Canaã Microcrédito, E.I.; Txeneca Microcrédito, E.I.; e Microcrédito Capital Giro MCG, E.I.
É sobre estas instituições que, sem mencionar motivo concreto, “o Banco de Moçambique, no âmbito das suas atribuições, comunica o cancelamento do registo dos operadores de microcrédito listados, estando vedados de continuar a exercer a actividade de concessão de crédito”.
O comunicado do Banco refere ainda que, em caso de dúvidas que possam surgir na interpretação da informação, o comunicado insta os lesados a se dirigirem ao Departamento de Regulamentação e Licenciamento do Banco de Moçambique. (Evaristo Chilngue)