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quinta-feira, 20 junho 2019 06:51

Rubis de Namanhumbir registam pior resultado dos últimos cinco leilões

Os rubis extraídos em Namanhumbir, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, pela Montepuez Ruby Mining (MRM), registaram, este ano, o pior resultado dos últimos cinco leilões, ao produzir uma receita de 50 milhões de USD, num recente leilão realizado em Singapura, entre os dias 11 e 15 de Junho corrente.

 

Os dados foram tornados públicos, esta quarta-feira (19), pela empresa britânica Gemfields, detentora de 75 por cento das acções da MRM, empresa onde também é sócio o general na reserva Raimundo Pachinuapa, através da Mwiriti Limitada, com 25 por cento.

 

De acordo com o comunicado de imprensa, distribuído na tarde desta quarta-feira, o valor é fruto da venda de 93 por cento dos lotes oferecidos no leilão, no qual participaram 48 empresas. Ou seja, a MRM vendeu 84 lotes, dos 90 colocados no mercado, durante os cinco dias.

 

Este é o pior resultado registado pelos rubis de Namanhumbir, nos últimos cinco leilões, realizados naquele país asiático. Até ao momento, de acordo com os dados fornecidos pela Gemfields, o pior resultado tinha sido verificado, em Junho de 2017, quando a MRM rendeu 54.8 milhões de USD, fruto da venda de 94 por cento de lotes (78), dos 83 oferecidos.

 

Em contrapartida, o melhor resultado dos últimos leilões verificou-se, em Junho de 2018, quando a MRM arrecadou 71.8 milhões de USD, depois de ter vendido 82 lotes, dos 86 que estava a oferecer, em Singapura, o que correspondeu a 95 por cento.

 

Aliás, o leilão de Junho de 2018 foi o único que ultrapassou a casa dos 56 milhões de USD, pois, os restantes fixaram-se nos 55 milhões de USD. No leilão realizado em Novembro de 2017, os rubis, que são rotulados de sangue, devido às mortes que se verificam na zona de mineração, produziram 55 milhões de USD e, em Dezembro de 2018, saldaram em 55.3 milhões de USD, apesar da comercialização de 88 lotes, dos 90 que estavam disponíveis.

 

Em termos de quilates, o comunicado da Gemfields refere que, entre 11 e 15 deste mês, a MRM colocou no mercado 978,197 quilates, mas só vendeu 962,211, o que corresponde a 98 por cento. Cada quilate custava, em média, 51,99 USD. Trata-se também do preço mais baixo praticado na venda daquele minério, nos últimos anos.

 

Em Junho de 2017, cada quilate custou 61.13 USD, enquanto, em Novembro do mesmo ano, 90.81 USD. Em Junho do ano passado, cada quilate do rubi de Namanhumbir era comercializado a 122.03 UDS e, em Dezembro também de 2018, estava fixado em 84.32 USD.

 

Refira-se que, desde Julho de 2014, os rubis de Namanhumbir já foram leiloados por 12 vezes, em Singapura, tendo já rendido 512.6 milhões de USD em receitas totais. (Abílio Maolela)

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