As partes sentaram-se à mesma mesa, esta sexta-feira, para passar em revista as actividades já realizadas, nomeadamente restruturação do Centro de Formação Profissional de Malhazine, de modo a torná-lo acessível para a pessoa com deficiência, infra-estrutura, equipamento e mobiliário e material didáctico, adaptação das oficinas para uso da pessoa com deficiência, formação em língua de sinais e formação psicopedagógica.
A iniciativa vem inserida na convecção das Nações Unidas para os direitos de pessoas com deficiência no sentido de empoderar as organizações de pessoas com deficiência na realização de actividades inclusivas para que tenham acesso à formação profissional e, consequentemente, ao emprego.
Foi neste contexto que o IFPELAC, na qualidade de instituição pública, abraçou a iniciativa, pois segundo disse o respectivo director-geral, Anastácio Chembeze, todo o cidadão tem direito à formação independentemente da sua condição física. Estamos a trabalhar no sentido de nos adequarmos, em termos materiais e mentais, à realidade da pessoa com deficiência e, neste momento, decorrem obras no Centro de Formação Profissional de Malhazine para restruturar fisicamente o edifício, lavabos e materiais de formação, disse Chembeze.
Para Cantola Pondja, Presidente do Fórum das Pessoas com Deficiência (FAMOD), um dos desafios impostos no Projecto Percursos Inclusivos é a componente de participação e acessibilidade da pessoa com deficiência e acredita que quando estas barreiras estiverem ultrapassadas poder-se-á falar de igualdade. “Acreditamos que temos entre nós pessoas talentosas, mas a pessoa com deficiência não sobressai devido às barreiras, sobretudo as físicas, que dificultam o nosso acesso aos fóruns de debate”, garantiu Pondja.
Concluiu destacando os avanços levados a cabo pelo IFPELAC – sede, pois a instituição já possui condições aceitáveis para o acesso da pessoa com deficiência, inclusive os lavabos estão adequados para eles. Em contra mão lamenta o facto de ter havido uma exortação em 2008 para que as instituições tivessem acessibilidade para pessoa com deficiência, mas ainda há muito por fazer.
Por sua vez, Francesca Bruschi da Cooperação italiana em Moçambique, referiu-se ao projecto como parte de uma convecção que Moçambique ratificou em 2012 rumo à inclusão da pessoa com deficiência e, neste desafio, saudou o engajamento do IFPELAC na restruturação das oficinas dos centros de formação para atender a pessoa com deficiência. (Carta)