Instalada, em 2016, para fornecer energia não só a região norte, mas também à vizinha Zâmbia, a Central Eléctrica Flutuante de Nacala, na província de Nampula, vai ser substituída por uma outra considerada “mais robusta”, a partir de sábado próximo a 02 de Dezembro do corrente ano, conforme anunciou, ontem (20), em Maputo, a Directora de Operações e Sistema na Electricidade de Moçambique (EDM), Nilsa Pelembe.
Falando em conferência de imprensa, Pelembe explicou que a substituição da antiga Central, com capacidade instalada para produzir 100 Megawatts, visa criar maior capacidade àquela infra-estrutura eléctrica, montando-se uma nova com mais e melhores funcionalidades.
“De 23 de Novembro a 02 de Dezembro irá decorrer um trabalho de substituição do barco gerador instalado, em Nacala, por outro que confere melhor funcionalidade e permite uma melhor regulação da tensão e melhoria na qualidade de fornecimento. Esta actividade surge no âmbito das várias acções de reforço e melhoramento da rede eléctrica, levadas a cabo pela Electricidade de Moçambique”, afirmou a Directora.
Segundo Pelembe, o trabalho de substituição compreenderá dois momentos. O primeiro, a decorrer entre os dias 23 e 24 de Novembro corrente, consistirá na retirada da antiga Central e o segundo, previsto para 25 de Novembro a 02 de Dezembro, servirá para os trabalhos de montagens, parametrizações e testes de verificação do desempenho do equipamento da nova Central flutuante.
Com esse trabalho, a EDM prevê perturbações na rede eléctrica, baixa qualidade ou até mesmo restrições no fornecimento de energia eléctrica, principalmente entre os dias 23 e 24 de Novembro (sábado e domingo próximos). “Em caso de restrições, o fornecimento de energia eléctrica será assegurado pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa”, garantiu Pelembe, tendo apelado à compreensão de todos os clientes a serem afectados.
A Central Flutuante instalada em Nacala-a-Porto pertence à empresa privada turca Karadeniz Powership Co., que, para gerar energia, o navio usa gasóleo. Refira-se que, findo o contrato de dois anos com a Zâmbia, actualmente a companhia fornece 40 Megawatts (apenas) à EDM, a um preço não revelado à imprensa, alegadamente por ser confidencial. (Evaristo Chilingue)