Intervindo no lançamento da pesquisa sobre o Sector Bancário, edição 2019, aquele gestor lembrou que, para ultrapassarmos aqueles desafios, é necessário apostar-se na formação profissional do capital humano, o que irá contribuir para o desenvolvimento de um sistema financeiro são e competitivo.
Estudo feito pelo pesquisador britânico Joseph Hanlon e divulgado em 2018 concluiu que o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo em Moçambique (principalmente com a exportação de heroína) movimenta mais 600 milhões de USD por ano. Ora, acções levadas a cabo anualmente pelo BM apontam que os bancos comerciais e sociedades financeiras não estão alheios a indícios de prática de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
Dados recentemente publicados pelo regulador do sistema financeiro indicam que, de 2016 ao ano prestes a findar, 16 instituições bancárias cometeram 22 contravenções previstas na Lei de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo (n.º 14/2013, de 12 de Agosto) e a Lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (n.º 15/99 de 1 de Novembro). O destaque das contravenções vai para a não comunicação imediata de transacções suspeitas, bem como a falta de identificação e verificação de beneficiários efectivos.
Como consequência daquelas contravenções, o BM sancionou, ao abrigo das referidas leis, as instituições bancárias em multas que variam, de acordo com o tipo de cada transgressão, de 100 mil Meticais e 1.5 milhão de Meticais. (Evaristo Chilingue)