Informações colhidas no local avançam que, a partir daquele terminal, será construído um gasoduto até à nova central de geração de energia eléctrica de 2.000 Megawatts, localizada no Parque Industrial de Beluluane e, através da infra-estrutura da Matola Gas Company (sócia da Gigajoule), irá distribuir-se ao mercado da região África Austral.
Na ocasião apuramos ainda que, a rede de gasodutos, infra-estrutura do porto e a ligação à rede de gasodutos na região através da infra-estrutura existente de gás da MGC, irá custar cerca de 350 Milhões de USD.
O custo total da central eléctrica de 2000 Megawatts, que será construída em fases de acordo com o crescimento das necessidades do mercado energético, será de cerca de 2.8 mil milhões de USD. A primeira fase da central irá arrancar com 500 Megawatts em meados de 2022.
Falando à margem da assinatura do memorando, o administrador delegado da Matola Gás Campany (MGC), Bruno Morgado, destacou que a disponibilidade daquela nova fonte de gás natural e energia irá estimular o crescimento económico em Moçambique e na região.
“O principal benefício do projecto é de facto a disponibilidade de gás para a indústria, visto que os campos de Pande e Temane vão começar a decair de forma acelerada. Assim, o fim de jazigos vai necessitar que haja reposição até que os projectos de exploração de GNL na Bacia do Rovuma comecem a produzir”, explicou.
“Isso vai permitir uma entrada de impostos para o país de um bilião de USD anuais”, acrescentou Morgado. Refira-se que, para além da Gigajoule, Total e MGC são também parceiros do projecto a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e a Electricidade de Moçambique. (Evaristo Chilingue)