O Standard Bank lançou, na quarta-feira, 4 de Dezembro, em Maputo, o Agente África-China (ACAP), um agente comercial credenciado, que vai auxiliar o empresariado nacional no estabelecimento de contactos, avaliação e comunicação com fornecedores e vendedores chineses, bem como gerir o processo de importação de bens e serviços de qualidade, neste país asiático, de maneira eficiente e segura.
Para a operacionalização deste serviço inovador, o Standard Bank conta com a parceria do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), que vai suportar as transacções, através uma carta de crédito emitida pelo Standard Bank, dando aos importadores tempo suficiente para receber e vender as mercadorias antes de efectuar o pagamento.
Assim, os fornecedores chineses podem permanecer confiantes no pagamento: “Com este serviço, pretendemos eliminar todas as barreiras que os nossos clientes e empresários enfrentam hoje”, disse Tanuja Viriato, gestora de clientes do Africa-China Banking do Standard Bank, à margem da cerimónia de lançamento da nova plataforma.
Trata-se, conforme enfatizou Tanuja Viriato, de criar um amplo ecossistema de serviços, soluções e apoio para que Moçambique e China possam tirar o máximo proveito das vastas oportunidades de comércio, desenvolvimento e crescimento que cada um destes países pode obter do outro.
“Pretendemos imprimir maior qualidade, segurança e eficiência na importação de bens e serviços da China”, indicou a gestora de clientes do Africa-China Banking do Standard Bank, ajuntando que “na próxima etapa vamos efectuar esta transacção no sentido inverso, isto é, vamos abrir esta solução para os exportadores moçambicanos”.
A propósito desta iniciativa do Standard Bank, o conselheiro Económico e Comercial da Embaixada da República Popular da China, Liu Xiaoguang, referiu que as relações comerciais entre Moçambique e China são muito boas e proveitosas, para ambos os países.
“Com esta plataforma, o Standard Bank está a apoiar as empresas chinesas e moçambicanas a realizarem os seus negócios, abrindo, desde modo, um mundo de possibilidades para os investidores que importam bens e serviços da China”, realçou.
Num outro desenvolvimento, o diplomata considerou que a nova plataforma constitui uma oportunidade de as empresas transaccionarem, no âmbito das importações, com maior segurança e qualidade, na aquisição de bens na China, país cuja relação comercial com Moçambique atingiu dois biliões de dólares norte-americanos, este ano.
Liu Xiaoguang disse ainda que o ACAP reveste-se de capital importância nas trocas comerciais entre os dois países, uma vez que a China exporta vários produtos que Moçambique precisa, nomeadamente equipamentos e, particularmente, produtos para a indústria.
Por sua vez, Isaías Mondlane, presidente do pelouro do agro-negócio, na Câmara de Comércio de Moçambique, considerou que o ACAP traz vantagens adicionais para os membros da agremiação, uma vez que abre uma janela para um mercado seguro, quer em termos de importações, quer em termos de exportações.
“Temos muitos membros que já fazem negócios com a China, mas esta janela vai permitir que façam o negócio com maior segurança, porque terão um agente que vai estabelecer o contacto directo com os produtores e fornecedores de equipamento agrícola e acessórios”, destacou Isaías Mondlane.
Por outro lado, segundo sustentou, a plataforma cria a possibilidade de os investidores nacionais colocarem os seus produtos, na China, de forma mais segura, pois o Standard Bank perspectiva introduzir, igualmente, uma proposição para as exportações.(FDS)