Os painelistas da VII sessão do Fórum Regional da África sobre Desenvolvimento Sustentável recomendaram Moçambique a apostar na criação de um plano único de recuperação económica sustentável pós Covid-19, para que o alcance das metas da Agenda 2030 não fique comprometido devido a pandemia. A fim de que seja um programa bem sucedido, aconselham a estabelecer alianças com países experientes na implementação de políticas do género.
A recomendação foi feita durante a mesa redonda do lançamento do evento “ECA (Comissão Económica para África) Prosseguindo em prol de um Relatório de Recuperação Verde Africano”, que acontece virtualmente, tendo em conta o contexto da pandemia. Trata-se de um evento continental organizado pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), onde é discutido de hoje (1/3) até o dia 4 de Março, sobre como utilizar um plano de recuperação económico baseado na economia verde.
Estiveram na mesa redonda a sub-secretária geral da ONU e secretária executiva da UNECA, Vera Songwe; embaixador regional da COP 26 do Reino Unido para a África, Nicholas Kay; e os pesquisadores Jean-Paul Adam, O’Callaghan e Julia Bird.
Na sua intervenção os pesquisadores afirmaram que o Governo moçambicano precisa de investir nos meios de comunicação social para aumentar os níveis de consciência sobre a relevância do desenvolvimento sustentável.
“Quando investimos no desenvolvimento sustentável não saímos a perder, antes com o crescimento do mesmo saímos com o lucro. Moçambique precisa de adoptar políticas fortes capazes de causar transformação”, alertou Julia Bird.
Nicholas Kay alertou que Moçambique tem de olhar para os países que se deram bem na implementação de planos de desenvolvimento sustentáveis e estabelecer intercâmbio com os mesmos, procurando extrair dessas relações políticas que respondem as necessidades do país sem ir para além das suas capacidades.
Contudo, O’Callaghan alertou que implementar plano de desenvolvimento sustentável em África gera crescimento sustentável, porém tais programas são demasiados caros, por isso os países africanos precisam de buscar apoio junto dos países desenvolvidos para colocar em prática tais planos. (Carta)