Enquanto não aparecerem interessados para a compra dos activos da Vale, na mina de Moatize, província de Tete, a mineradora brasileira deverá preservar a continuidade operacional da mesma e do Corredor Logístico de Nacala, assim como aumentar as capacidades produtivas do projecto e manter todos os compromissos com a sociedade e as partes interessadas.
Este é o sentimento manifestado pelo Governo que, nesta terça-feira, em mais uma Sessão Ordinária do Conselho de Ministros (a VII do ano), apreciou as informações sobre o desinvestimento da Vale nos projectos de carvão e Corredor Logístico de Nacala.
Segundo o porta-voz da Sessão, Filimão Suazi, ontem, o Conselho de Ministros tomou conhecimento do roteiro para a concretização do negócio entre a Vale e a Mitsui, no qual as duas mineradoras pretendem estruturar a saída da multinacional japonesa da mina de carvão de Moatize e do Corredor Logístico de Nacala.
No briefing dado à imprensa, no final da VII Sessão do Conselho de Ministros, Suazi garantiu que as negociações entre as partes “estão numa fase avançada”, sendo que, “a Vale deverá preservar a continuidade operacional da mina de Moatize e do corredor de Nacala e aumentar as capacidades produtivas do projecto e manter todos os compromissos com a sociedade e as partes interessadas”.
Refira-se que, no passado dia 21 de Janeiro, a Vale comunicou a sua intenção, primeiro, de comprar a participação da Mitsui na mina de carvão de Moatize e no Corredor Logístico de Nacala e, depois, vender os seus activos em Moçambique. (Carta)