Estabelecido pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), o Índice de Robustez Empresarial registou uma queda significativa no primeiro trimestre de 2021 face ao quarto trimestre de 2020, passando de 40% para 28%, o correspondente a uma variação em 12pp.
Durante a realização da terceira edição do Economic Briefing, na última quinta-feira (06), a CTA justificou a deterioração, principalmente com o agravamento das medidas restritivas adoptadas no âmbito da contenção da propagação da Covid-19, que levou a uma redução significativa da facturação do sector empresarial em cerca de 26%.
Dados partilhados pela CTA, durante o evento, indicam que, se no quarto trimestre de 2020, o lucro por unidade de produção era de 1,126 Meticais, no primeiro trimestre de 2021, o lucro foi 753 Meticais negativos.
Em termos sectoriais, o Índice aponta a hotelaria e restauração, comércio e serviços e transportes foram os que mais influenciaram essa queda, exactamente, porque as medidas implementadas no âmbito da prevenção da propagação da Covid-19 incidiram mais sobre estes sectores.
Em termos de perspectivas, a CTA antevê que o alívio das restrições, decretado pelo Governo, no âmbito do Estado de Calamidade Pública resulte numa ligeira recuperação dos postos de trabalho, particularmente para os sectores de turismo, subsectores de entretenimento, bem como serviços como ginásios e transportes.
A nível do ambiente de negócios, a Confederação espera que, de entre várias acções, sejam introduzidos alguns instrumentos normativos, relevantes para o sector empresarial, nomeadamente: o visto electrónico que traduzir-se-ia na redução do tempo, custo e procedimento de emissão do visto; o regulamento geral do acesso à energia fora da rede, que visa impulsionar o uso de energias limpas ou amigas do ambiente e incrementar a competitividade do sector. (Evaristo Chilingue)