A consultora NKC African Economics reviu hoje a estimativa de crescimento da economia de Moçambique este ano, de 1,2% para 1%, devido às medidas de contenção da pandemia e à falta de investimento no norte do país.
"A economia saiu a cambalear da recessão no primeiro trimestre deste ano, devido ao abrandamento das medidas de combate à pandemia durante a maior parte do período, a contínua recuperação da mina de Moatize, mas ainda afetada pelos estragos do ciclone tropical Eloise e o conflito armado em Cabo Delgado", escrevem os analistas numa nota de análise, na qual antecipam que a economia mantenha um crescimento positivo e acabe o ano com uma expansão de 1%.
"Em abril, o índice de confiança dos empresários melhorou com a subida dos preços das matérias primas, mas prevemos que o PIB real recupere lentamente para 1% este ano, depois do crescimento negativo de 1,3% no ano passado, num contexto de prolongadas medidas de contenção da propagação da pandemia e de ausência de investimento em Cabo Delgado devido às preocupações de segurança", acrescentam os analista da filial africana da britânica Oxford Economics.
África registou mais 1.124 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, o que eleva o total de óbitos desde o início da pandemia para 139.278, e 54.120 novos infetados, de acordo com os dados oficiais mais recentes.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de casos no continente é de 5.288.507 e o de recuperados é de 4.671.415, mais 27.613 nas últimas 24 horas
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos 3.903.064 vítimas em todo o mundo, resultantes de mais de 179.931.620 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.(Carta)