Cerca de três mil pessoas são esperadas na múltipla exposição sobre a atividade turística ao longo da VI Feira Internacional de Turismo Moçambique, FIKANI, que abre nesta quinta-feira, 22 de Novembro, na cidade de Maputo. O facto foi revelado pelo Presidente da Federação Moçambicana de Turimo, FEMOTUR, Quessanias Matsombe, um dos organizadores do evento.
A Confederação das Associações Económicas (CTA) diz que, em quatro dias, o apagão da Rede SIMO provocou prejuízos de 2.400.000, 00 Mts, decorrentes de transações eletrónicas diárias não efetuadas dentro e fora do país. Bernardo Cumaio, Presidente do Pelouro de Políticas Financeiras da CTA, disse que diariamente efetuam-se 479 mil transacções electrónicas dentro da SIMO, movimentando 600 milhões de Meticais.
O governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, disse na terça feira na Assembleia da República que o mais importante de momento é encontrar uma saída urgente para a crise no sistema de pagamentos eletrónicos do sector bancário, em Moçambique, Ouvido na comissão parlamento de Plano e Orçamento, Rogério Zandamela disse ter sido já acionado um plano de contingência que compreende a contratação de serviços de um novo provedor de Software, já identificado, e que “ainda esta semana estará em Moçambique para resolver o mais rápido possível a crise” mas não precisou quando a situação fica em definitivo solucionada.
Os representantes dos bancos filiados na Associação Moçambicana de Bancos estiveram reunidos hoje com o Primeiro Ministro e ofereceram-se para pagar o valor exigido pela BizFirst para levantar o sistema. O acordo alcançado hoje afasta a Rede SIMO da relação com a empresa portuguesa. Os bancos comerciais vão a partir de amanhã rubricar contratos bilaterais com a BizFirst e pagarão na totalidade 3 milhões de Euros por uma renovação da licença por tempo indeterminado e 500 mil Euros para um ano de manutenção. O Banco de Moçambique que não queria se envolver com o BizFirst acabou cedendo a uma pressão política. Logo que todos os bancos pagarem o valor de cada fatia, o sistema vai ser levantado. A BizFirst fez uma exigência: entraria no acordo com a banca comercial desde que a SIMO não fosse envolvido.
No meio da crise, o Banco Mundial dá uma nota positiva ao ambiente de negócios local. Três reformas contribuíram para isso, nomeadamente nas áreas de Obtenção de Electricidade, Comércio Além-Fronteiras e Pagamento de Impostos. Este ano, Moçambique encontra-se em 135º lugar tendo alcançado uma pequena melhoria, de cerca de 1.53%, na métrica que compara as várias economias relativamente às melhores práticas a nível global, a ‘distância até à fronteira’. Estes dados constam da 16º edição do “Doing Business”, o relatório anual do Grupo Banco Mundial, que analisa a facilidade de fazer negócios para as pequenas e médias empresas a nível global. O documento foi divulgado há poucas horas em Washington.
Quando Rogério Zandamela tomou conta do Banco de Moçambique vindo do FMI em 2016 atiraram-lhe logo com a alcunha de Xerife, alguém que empunhava uma estrela reluzente de autoridade no peito e duas “smith and wesson” nos coldres. A imagem era como que para matar uma sede por autoridade...o sector financeiro, apanhado na armadilha dos bonds das Ematuns, precisava de um valente safanão. O Metical derrapava a olhos vistos. A banca comercial apenas cumpria a espaços os índices prudenciais do banco central. Impondo uma política monetária restritiva, o Xerife amainou a erosão inflacionária e estabilizou a taxa de câmbio na ordem dos 60 Mts por cada USD. O maior teste, no entanto, estaria por vir. O Moza mergulhara numa crise profunda principalmente motivada por seu envolvimento na contratação da nociva dívida oculta, e outras coisas de gestão patentes numa auditoria da Ernst and Young.