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Economia e Negócios

terça-feira, 18 dezembro 2018 09:32

A Ethiopian Mozambique Airlines se explica

Redi Yesuf Muktar, o CEO da EMA, aceitou conversar com a “Carta”, por escrito, sobre os planos da companhia em Moçambique. Duas avarias recentes em seus dois aparelhos, levantou na opinião pública uma questão: estava a EMA preparada para iniciar suas operações em Moçambique? Redi Yesuf diz que “sim” e explica o que é que a EMA está a fazer para contornar o recente golpe das avarias. A resposta foi imediata. Ontem chegaram a Maputo duas aeronaves. A entrevista foi feita por escrito. Ei-la:

A grande maioria de empresas de construção civil de Moçambique vai apresentar prejuízos no exercício económico de 2018, disse o presidente da Federação Moçambicana de Empreitiros (FME). Manuel Pereira, em declarações em exclusivo ao jornal O País, mencionou a existência de 700 empresas em situação de falência, que poderão encerrar já em 2019, devido à crise económico-financeira que se regista em Moçambique.

A Vale Moçambique acabou por ceder à vontade dos moradores da Comunidade 25 de Setembro que exigiam o pagamento em dinheiro para a reabilitação das suas casas no âmbito do reassentamento ligado à implantação do projecto de exploração mineira em Moatize, na província de Tete. 229 famílias da referida comunidade vão, finalmente, reconstruir as suas casas depois que receberem 34 mil Mts cada uma delas, para sua acomodação no período de duração das obras, soube a “Carta”. A Vale e as famílias, depois de um braço-de-ferro que levou à auscultação o mês passado das partes por um grupo de parlamentares da 8ª Comissão da AR que se deslocou a Tete a propósito, chegaram a entendimento sobre os valores a pagar.

 

Segundo apurámos, a mineradora vai desembolsar 200.000,00 Mts para casas de tipo 1, 300.000,00 Mts (tipo 2) e mais de 400.000,00 Mts (tipo 3). Algumas famílias já receberam os valores mas grande parte ainda não iniciou as obras aguardando pelos 34.000,00 Mts prometidos para se alojarem provisoriamente enquanto as obras decorrem. O litígio teve o seu início quando o modelo das primeiras 10 casas (experiência) reabilitadas pela Vale para acomodar os reassentados não mereceu a aprovação nem dos moradores, nem dos técnicos da Direcção das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos e do município de Moatize.

 

Para entenderem se inteirarem do problema, os deputados ouviram Horácio Gervásio e Alves Sandramo, da Vale, o Presidente do Conselho Municipal da Vila, Carlos Portimão, e representes da comunidade visada. Os moradores, depois de reprovarem as 10 casas modelo, propuseram que lhes fosse pago um valor em dinheiro para que eles próprios reabilitassem as suas casas. Os representantes da Vale disseram que não era sua política fazer desembolsos a favor das famílias, e que tal pretensão não vinha no memorando rubricado pelas partes, daí que “A Vale não estava confortável quanto a indemnização às famílias em valores monetários”.

 

 O Conselho Municipal da Vila de Moatize não acolhia também a ideia de compensação em valor monetário, sendo favorável à construção de novas baseando-se em tecnologia similar à que está a ser empregada no processo de reassentamento relativo ao projecto de Gás Natural levado a cabo pela Anadarko no distrito de Palma, em Cabo Delgado. A “Carta” tem conhecimento de que as casas em Palma são feitas com material de elevada qualidade. O assunto, que já vem sendo abordado na AR desde a anterior legislatura, mereceu a recomendação do plenário do Parlamento com vista a que se proceda a um acompanhamento pormenorizado até ao seu total desfecho, que se prevê para breve, já que as nossas fontes afirmam que está em falta apenas o pagamento de 34.000.00 Mts referentes à acomodação das famílias, e que todas as outras questões foram ultrapassadas. (Germano de Sousa)

Parte das mais de 3 toneladas de marfim apreendidas na quinta-feira no Camboja, dissimuladas num contentor, foi roubada num armazém em Lichinga, no Niassa, disse à “Carta” uma fonte do sector da conservação em Maputo. A descoberta de 1.026 dentes de marfim no porto de Phnom Penh seguiu uma dica da embaixada dos EUA. O carregamento chegou ao Cambodja no ano passado mas o seu destinatário nunca chegou ao porto para reclamá-lo. "As presas de elefante estavam escondidas entre pedras de mármore num contentor que foi abandonado", disse Sun Chay, diretor do Departamento de Alfândega e Impostos do Porto, à agência de notícias AFP.

segunda-feira, 17 dezembro 2018 03:18

BTM entra no Moza Banco pela mão da Arise

O Moza Banco e o Banco Terra de Moçambique (BTM) aprovaram operações de aumento de capital do Moza Banco e aquisição do Banco Terra, tal como oportunamente anunciadas ao mercado. Através desta transação em que a tomada da totalidade do aumento de capital do Moza Banco foi assumida pela Arise, este novo parceiro passará a deter uma participação cerca de 29,5% na sua estrutura acionista. A Arise é uma empresa gestora de fundo de Investimento líder na África com parcerias sustentáveis com entidades financeiras na África Subsaariana. A empresa foi fundada por três investidores fundamentais, nomeadamente, o Rabobank (Banco de Referência Holandês), Norfund (um dos maiores fundos de investimento do Mundo e de origem Norueguesa) e FMO (Fundo de Investimento Holandês). Gera atualmente mais de 660 Milhões de USD em ativos e opera em mais de 10 países.

 

A transação inclui ainda a aquisição pelo Moza Banco de 100% do capital do BTM. De acordo com João Figueiredo, Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, esta transação não só irá consolidar a estrutura financeira e patrimonial da instituição como irá ainda dota-la de uma forte capacidade competitiva para melhor servir os seus clientes e o mercado em geral. 

 

Para o PCA do BTM, Manuel Aranda da Silva, a transação representa uma oportunidade de melhor atingir os objetivos do banco no sentido de contribuir para o desenvolvimento económico e social de Moçambique. Propicia a possibilidade de estar mais perto dos clientes e oferecer uma gama mais vasta de serviços bancários. Segundo Deepak Malik, CEO da Arise, esta transação permitirá a Arise expandir os seus investimentos em Moçambique e assegurar a missão da Arise em promover a inclusão financeira e estimular o desenvolvimento económico. (Carta)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projecta um crescimento económico, para Moçambique, entre 4 e 4,7 por cento, no próximo ano, segundo indicou, na quarta-feira, 12 de Dezembro, em Maputo, o representante residente desta instituição, em Moçambique.