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Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

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A  Triton Minerals assinou um memorando de entendimento com a empresa chinesa Qingdao Jinhui Graphite Co. Ltd que poderá converter-se num acordo vinculativo dentro de seis meses, informou recentemente a empresa australiana.

 

O memorando assinado com “uma das principais empresas de grafite da China, com grande experiência na exploração mineira, de processamento e de comercialização” surgiu na sequência de contactos iniciais por parte da Jinhui Graphite, a que se seguiram encontros comerciais e técnicos, relacionados com o desenvolvimento do projecto de grafite de Ancuabe, em Moçambique.

No âmbito da operacionalização dos furos de Intaka, a Águas da Região de Maputo (AdeM) em parceria com o FIPAG-Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água, está a efectuar obras de aumento da capacidade de transporte, com a conexão à linha principal em Dn500, na Avenida de Moçambique, com vista ao reforço do abastecimento de água à zona norte da cidade de Maputo, que parte da Missão Roque até ao bairro do Jardim.

 

As obras, que estão a decorrer na zona da Missão Roque, consistem na ligação da conduta proveniente do Intaka à linha principal, bem como no aumento do diâmetro da tubagem de Dn250 para Dn500, o que vai permitir o incremento do caudal e, consequentemente, uma maior área de abastecimento.

 

O impacto directo destas obras, de acordo com director de projectos da Águas da Região de Maputo, José Barata, é o aumento do volume de água para o abastecimento aos bairros da zona norte da capital do País, em mais seis mil metros cúbicos, que vai beneficiar cerca de oito mil clientes destes bairros.

 

“O que vai acontecer é que, ao invés de estes bairros serem abastecidos pelo Centro Distribuidor de Chamanculo, a água vai fazer o sentido inverso, de Intaka para Chamanculo, mas porque o volume de água produzida só nos permite abastecer uma parte de clientes, avaliando pelo volume produzido, criámos uma forma de seccionar e abastecer onde ela satisfaz a demanda, que vai até ao bairro do Jardim”, explicou o director de projectos da AdeM.

 

Mais adiante, José Barata acrescentou que, com a conexão da conduta à linha principal e o consequente alargamento da área de influência do Centro Distribuidor de Intaka, vai reduzir o volume de água abastecida aos bairros da zona norte da cidade, a partir do sistema principal da ETA de Umbelúzi.  

 

O volume, que tem sido destinado àqueles bairros, vai servir para reforçar o abastecimento nas áreas críticas, como é o caso das áreas operacionais de Maxaquene e Laulane.

 

"Este projecto de furos visa suprir o défice que temos na fonte, na Estação de Tratamento do Umbelúzi”, enfatizou.

 

A filosofia da Águas da Região de Maputo é, segundo José Barata, potenciar os furos como alternativa e trazer mais água para uma parte do norte da cidade, e realocar a água proveniente do Umbelúzi para outros bairros.

 

Importa realçar que, apesar da realização das obras, cujo término está previsto para fim do mês em curso, a empresa AdeM continua a abastecer água aos bairros alimentados pela linha principal.(Carta)

Uma semana depois do ciclone IDAI ter fustigado a região Centro do País, causando vítimas humanas e destruição de infra-estruturas públicas e privadas, a actividade económica no Corredor da Beira começa a voltar a normalidade.

 

A Cornelder de Moçambique, gestora dos Terminais de Contentores e de Carga Geral, reabriu o porto da Beira à navegação, na última terça-feira (18 de Março), depois de ter sido encerrado, preventivamente, no dia 13 (quarta-feira), um dia antes do Ciclone IDAI.

Após a condenação a 10 anos de prisão da antiga embaixadora moçambicana nos Estados Unidos da América (EUA), Amélia Sumbana, na última terça-feira (19) em Maputo, três dos seus ex-colegas em Washington DC, também serão julgados, escreve o “Notícias” na sua de hoje. Trata-se de Jaime Chaúque, então Primeiro-Secretário da Embaixada, Maria do Céu, antiga adida financeira e co-assinante das contas da Embaixada e Sandra Cossa, que na altura dos factos desempenhava as de assistente da missão.

 

O juiz Rui Dauane, que julgou Sumbana, revelou que os três funcionários deviam ter ser sido constituídos arguidos no mesmo processo de querela n° 25/16/A, instaurado pelo Ministério Publico (MP). Maria do Céu é acusado do crime de peculato: assinava cheques, tendo facilitado a retirada de 10 mil USD, que foram depositados na sua conta particular, para além de ter violado regras, ao aceitar ordens verbais e ilegais da antiga embaixadora para emitir. Jaime Chaúque é acusado de cobranças ilícitas e dos crimes de abuso de cargo, corrupção passiva e desvio de fundos: Chaúque duplicava pagamentos no processo da obtenção de vistos, e fazia reverter os valores a seu favor. Já Sandra Cossa recebia subornos de requerentes para agilizar a obtenção de vistos na Embaixada de Moçambique, entre 2009 a 2015. (Carta)

O Juiz Adérito Malhope, da 10ª secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, apontado como uma das peças fundamentais na “conspiração para soltura de Nini Satar” e que já levou a detenção de oficiais superiores do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP), afinal foi “ilibado” do caso, num processo de inquérito disciplinar (nº 14/2014/CSMJ), instaurado em 7 de Março de 2013 a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), e que foi dirigido por um juiz desembargador da 2ª secção do Tribunal Superior de Recurso da Beira.

 

Adérito Malhope foi inquirido pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ), que a 25 de Fevereiro de 2015 emitiu uma deliberação com o nº 38/2015 ilibando o magistrado, alegadamente por não terem sido achadas provas de que ele terá violado procedimentos de justiça ao decidir favoravelmente à soltura de Nini Satar em 2014. Quatro anos depois, o caso voltou à baila com a detenção de 15 oficiais superiores do SERNAP, num processo que envolve 17 arguidos. (Omardine Omar) 

As empresas EMOSE (Empresa Moçambicana de Seguros), Kenmare, SASOL, GALP e Anadarko juntaram-se, esta quinta-feira (21), a “onda” de solidariedade às vítimas do Ciclone Tropical IDAI que fustigou, semana finda, as províncias do centro do país, com maior gravidade para a cidade da Beira, capital da província de Sofala.

 

A KENMARE, que opera um projecto de areias pesadas, em Nampula, dou ao INGC 3 milhões de Mts. No comunicado, enviado a nossa redacção, a empresa refere ainda que, enquanto procedia à entrega do dinheiro ao INGC, os seus funcionários tinham iniciado um processo de colecta de fundos igualmente para serem doados às vítimas do Idai.

 

Por sua vez, a EMOSE encaminhou àquela instituição de gestão de calamidades 2 milhões de Mts e bens materiais para as vítimas do IDAI. Aquela companhia de Seguros manifestou também a sua solidariedade para com os seus próprios trabalhadores das Delegações de Tete, Sofala e Manica, províncias afectadas pelo ciclone Idai. O Conselho de Administração da EMOSE decidiu adiantar um salário e um pacote de apoio para a reconstrução das suas casas na Beira. Na nota que emitiu, a EMOSE diz que, em breve, enviará uma equipa chefiada pelo Administrador Técnico da companhia para avaliar os estragos provocados nos activos segurados e próprios, com vista à elaboração de um Plano de Compensações.

 

Sasol, Anadarko e Fundação Galp também apoiam

 

Através de um comunicado, a petrolífera sul-africana Sasol comprometeu-se esta quinta-feira (21) a doar 250.000 USD, cerca de 15 milhões de Mts, para prestação de assistência em vários domínios às comunidades gravemente afectadas pelo Ciclone tropical IDAI nas províncias de Sofala, Manica e Zambézia. O apoio estende-se a outras áreas afectadas na província de Inhambane. “Esperamos que a nossa contribuição e os esforços dos nossos parceiros tragam algum alívio para as famílias afectadas por este terrível evento”, disse, citado no comunicado em causa, o Director Nacional da Sasol, Ovidio Rodolfo.

 

Igualmente sensibilizada pela tragédia que se abateu sobre o nosso país, provocada pela passagem do Ciclone tropical IDAI, a Fundação Galp vai disponibilizar bens de emergência à Cruz Vermelha no valor de 150.000 Euros para apoiar as operações de socorro às vítimas daquele fenómeno natural, província de Sofala em especial. Na nota enviada à nossa redação, a Galp diz estar consciente de que a disponibilidade de combustível é fundamental para as operações de socorro e de reconstrução, sendo, por isso, que “está concentrada em assegurar a normalidade das operações nos seus postos de abastecimento nas zonas afetadas”.

 

O Projecto Mozambique LNG, liderado pela Anadarko, não quis ficar atrás e também, nesta quinta-feira (21), disponibilizou a sua aeronave ATR-42 ao INGC como forma de apoiar na resposta ao ciclone IDAI. A aeronave chegou no mesmo dia (quinta-feira) à cidade da Beira com uma equipa de profissionais de saúde, incluindo médicos, paramédicos e enfermeiros, para além da ajuda diversa de emergência.

 

Este apoio surge depois de aquela companhia ter anunciado no Sábado da semana finda que iria contribuir com 200 mil USD para apoiar a resposta da Cruz Vermelha às calamidades naturais na zona centro do País. (Evaristo Chilingue)

Serão presentes hoje a um juiz de instrução do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) os 16 funcionários do Serviço Nacional de Migração (SENAMI) detidos esta semana no âmbito do processo n° 2077-B/18, movido pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e relacionado com falsificação de 45 passaportes moçambicanos encontrados na posse de igual número de nigerianos na China, em Setembro de 2018. Os funcionários detidos estavam afectos à fábrica de emissão de documentos de identificação e de viagem, propriedade do Estado. Os cidadãos nigerianos, que se encontram detidos na China, acusados de vários crimes, nunca estiveram em Moçambique.

 

Os funcionários foram detidos na sequência de uma ordem judicial emitida no dia 19 de Março e efectivada nos dias 20 e 21. Hoje deverão ver suas prisões legalizadas. Refira-se que nesta semana, e num outro caso, foram também detidos outros funcionários do SENAMI envolvidos na falsificação de 17 vistos de entrada a Moçambique, concedidos a cidadãos de origem nigeriana. Neste último grupo, encontram-se Cira Fernandes, antiga porta-voz do SENAMI, a Inspectora Odete Fenias Mate Cubai, a Guarda de Migração Antónia Estêvão Dumaica, e o Engenheiro Electrônico Aldo Constantino. (Carta)

A entrega de donativos na zona de cabotagem do Porto de Maputo, para as vítimas do IDAI, foi alargada impreterivelmente até hoje as 16 horas. Depois disso, os contentores serão selados e carregados no MV Border, que amanhã pelas 12 horas zarpa para a Beira, numa viagem de aproximadamente 36 horas. As estimativas apontam que o navio deverá levar 25 contentores recheados de bens diversos doados por diferentes entidades singulares e colectivas. A carga é constituída maioritariamente por produtos alimentares não perecíveis, entre outros, como material de construção, roupas e muito mais.

 

Em Maputo, os donativos dão entrada em dois armazéns colocados à disposição pelo Porto de Maputo (MPDC), antes de serem acondicionados nos contentores também por aquela infraestrutura portuária. A recepção das doações e subsequente acondicionamento nos contentores está a cargo de 420 voluntários, que começaram por ser um pequeno movimento denominado “Unidos por Beira”. Aos poucos foi crescendo, com a adesão de outros grupos com o mesmo propósito.

 

Bruno Huca, coordenador dos 420 voluntários, que trabalham ininterruptamente das 07h00 às 20h00, disse que são necessários mais contentores para acondicionar uma cada vez maior quantidade de donativos que vão chegando. Sobre os bens cuja necessidade mais se faz sentir, Huca nomeiou bacias, baldes para conservação da água, pratos, canecas plásticas, “kits” de primeiros socorros, desinfectantes, pastas dentífricas, escovas de dentes, lonas, redes mosquiteiras, tendas, entre outros. (Marta Afonso)

Após a cedência do MV Border, um navio porta-contentores, para realizar uma viagem de emergência humanitária de Maputo à Beira e o enorme apoio de toda a sociedade moçambicana para enviar ajuda às vítimas do ciclone de Idai, a MPDC fez uma parceria com a KPMG para auditar todo o processo de doação.

 

De acordo com uma nota recebida na "Carta", uma equipa da KPMG está destacada para auditar o processo de doação e embalagem de mercadoras em contentores, no Terminal de Cabotagem do Porto de Maputo, o embarque no MV Border, bem como a sua chegada ao Porto da Beira e distribuição ao INGC, instituições da ONU e outras agências e associações humanitárias.

 

Esta parceria garantirá a total transparência deste processo. A MPDC e seus parceiros dizem-se  "sensibilizados com a solidariedade e a resposta de todos os seus parceiros de negócio, partes interessadas e sociedade em geral e continuarão a fazer tudo ao seu alcance para apoiar as vítimas deste terrível desastre natural". (Carta)