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quarta-feira, 23 novembro 2022 03:12

Perto de 150 estradas estarão intransitáveis nesta época chuvosa

Perto de 150 estradas, entre nacionais e rurais, estarão intransitáveis em todo o país durante a presente época chuvosa e ciclónica. Um comunicado publicado na última segunda-feira pela Administração Nacional de Estradas (ANE), no âmbito do Plano de Contingência na Rede de Estradas para Época Chuvosa 2022/2023, revela que pelo menos 147 estradas poderão estar intransitáveis nos próximos meses, sendo que destes 78 não têm vias alternativas.

 

Da lista publicada pela ANE, o destaque vai para a província de Sofala, onde as intempéries podem deixar 35 estradas intransitáveis, incluindo alguns troços da EN1 (Rio Save/Muxúnguè, no Km 50). O pior é que nenhuma das 35 estradas a serem afectadas tem vias alternativas, o que poderá dificultar o trânsito de pessoas de bens.

 

Atrás de Sofala, está a província da Zambézia, onde 22 estradas estarão intransitáveis, das quais oito não apresentam vias alternativas. De seguida, temos a província de Nampula que terá pelo menos 17 estradas intransitáveis, sendo que quatro também não têm vias alternativas.

 

Na província de Manica, pelo menos 15 estradas estarão intransitáveis, das quais quatro sem vias alternativas, enquanto na província do Niassa foram mapeadas 14 estradas, das quais 11 não têm alternativas.

 

Nas províncias de Maputo e Gaza, a ANE identificou pelo menos 10 estradas em cada uma delas, que poderão estar intransitáveis, sendo que quatro não têm alternativas na província de Maputo e três na província de Gaza.

 

As províncias de Cabo Delgado, Tete e Inhambane fecham a lista publicada pela ANE, com nove, oito e sete estradas que poderão estar intransitáveis, respectivamente. Em Cabo Delgado, todas terão vias alternativas; em Tete, apenas uma terá vias alternativas; e, em Inhambane, apenas uma é que não terá via alternativa.

 

O galgamento dos caudais, inundações, corte das plataformas das estradas, erosão, solos escorregadios e destruição de pontes metálicas são algumas das razões apontadas pela ANE para a provável intransitabilidade das referidas vias.

 

“Sempre que existirem indicadores claros de ameaça de inundações e danos nas infra-estruturas rodoviárias que integram a rede de estradas classificadas, poderá ser considerada a adopção de medidas preventivas extremas, que não excluem a interdição do trânsito de viaturas, considerando que muitas áreas poderão se tornar inacessíveis”, explica ANE, num comunicado publicado no jornal Notícias.

 

Refira-se que o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do normal em toda a próxima época chuvosa e em todo território nacional. (A.M.)

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