A sina de Shernaz Gani, uma empresária de 47 anos, raptada há cerca de 1 mês à entrada dos seus escritórios na avenida Karl Marx, em Maputo, continua nas mãos dos raptores, ante o silêncio profundo do Serviço de Investigação Nacional Criminal (SERNIC).
Shernaze foi raptada poucos dias depois da sua empresa, a Fábrica de Confecções Sabina, ter recebido uma adjudicação para a confecção de fardamento para uma entidade pública. O valor da adjudicação não nos foi revelado, mas era altíssimo, disse uma fonte de “Carta”.
Ela acrescentou que a Polícia obteve, depois do rapto, evidências baseadas em imagens de videovigilância, consideradas “suficientes” para desvendar o caso, mas até hoje nada diz. À família, o SERNIC diz que ainda não tem pistas.
Entretanto, “Carta” soube que os raptores já fizeram a prova de que Shernaze está viva e exigiram à família uma quantia de vários milhões de Meticais. No seio da comunidade maometana, comenta-se que a família Gani não é necessariamente rica e que o negócio de confecções não dá dinheiro, sendo dominado por firmas politicamente bem colocadas como a Mozambique Holdings.
“Eles não têm os milhões que os raptores pedem", disse a fonte, e a recente adjudicação foi a única de vulto em muitos anos. Entretanto, os raptores vão ligando de vez em quando, realçou a fonte. (Carta)