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terça-feira, 06 fevereiro 2024 06:46

Eleições 2023: Edis da “discórdia” tomam posse amanhã

É já amanhã, 07 de Fevereiro de 2024, que os 65 edis “eleitos” na votação de 11 de Outubro e 10 de Dezembro de 2023, no âmbito da realização das VI Eleições Autárquicas, iniciam as suas funções, em todo o território nacional. Trata-se de 60 edis da Frelimo, quatro da Renamo e um do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), chancelados e proclamados pelo Conselho Constitucional, sendo que alguns chegam ao cargo em forma de imposição e não da escolha dos eleitores.

 

A cerimónia de tomada de posse dos novos edis terá lugar, em simultâneo, em todas as 65 autarquias do país, devendo ser antecedida pela investidura das Assembleias Municipais, a ser dirigida pelos juízes-presidentes dos Tribunais Provinciais (no caso dos municípios das cidades capitais) e Distritais (no caso das restantes cidades e vilas autárquicas).

 

Dos 65 edis, destaque vai para os presidentes dos Conselhos Municipais da Cidade de Maputo; Matola, Marracuene, Matola-Rio (província de Maputo); Marromeu (Sofala); Moatize (Tete); Gurué, Alto-Molócuè, Maganja da Costa, Milange (Zambézia); Nampula, Nacala-Porto, Angoche (Nampula); e Cuamba (Niassa), cuja eleição foi considerada fraudulenta.

 

Aliás, em nove autarquias, o Conselho Constitucional alterou, sem quaisquer explicações, os resultados produzidos pelos órgãos eleitorais, sendo que, em quatro municípios, atribuiu a vitória à Renamo e nas restantes manteve a vitória da Frelimo, reduzindo apenas o número de mandatos. Igualmente, anulou parcialmente a eleição em três municípios e, na totalidade, em uma autarquia.

 

Razaque Manhique (Cidade de Maputo), Júlio Parruque (Cidade da Matola), Shafee Sidat (Vila de Marracuene), Otílio Nunequele (Alto-Molócuè), Faruk Nuro (Nacala-Porto), Luís Giquira (Cidade de Nampula) e Luís Raimundo (Cuamba) são alguns dos edis da “discórdia” que, esta quarta-feira, tomam posse para um mandato de cinco anos (07 de Fevereiro de 2024 a 06 de Fevereiro de 2029).

 

Os novos edis

 

De acordo com o Conselho Constitucional, a Frelimo ganhou as eleições em todos os municípios da província do Niassa, Nampula, Tete, Manica, Gaza e província de Maputo. Já a Renamo conquistou um município nas províncias de Cabo Delgado (Chiúre) e Inhambane (Vilankulo) e dois na província da Zambézia (Alto-Molócuè e Quelimane), enquanto o MDM venceu apenas um município, na província de Sofala (Beira).

 

Assim, das VI Eleições Autárquicas, o Conselho Constitucional proclamou os seguintes Edis, na província do Niassa: Luís Jumo (Lichinga), Luís Raimundo (Cuamba), Paulo Chicomaussico (Metangula), Rachide Buanausse (Marrupa), Damião Lissiba (Insaca-Mecanhelas) e Wala Daúda (Mandimba).

 

Na província de Cabo Delgado, foram proclamados Satar Abdul Gani (Pemba), Cecílio Chabane (Montepuez), Helena Bandeira (Mocímboa da Praia), Alicora Ntutunha (Chiúre), Manuel Alavalave (Mueda), Issa Tarmamade (Ibo) e Mansur Cassamo (Balama).

 

Em Nampula, são novos edis, Luís Giquira (Nampula), Faruk Nuro (Nacala-Porto), Abdul Amide Alimamad (Monapo), Momade Ali (Ilha de Moçambique), Dalila Ussene (Angoche), Rui Chong Saw (Mossuril), Nelson Manuel Pedro (Malema) e Osvaldo Celestino (Ribáuè).

 

Por sua vez, na província da Zambézia, o Conselho Constitucional proclamou, novos Edis, José Jonasse (Morrumbala), Otílio Nunequele (Alto-Molócuè), Manuela Opincai (Mocuba), Virgílio Dinheiro (Maganja da Costa), Manuel de Araújo (Quelimane), Felisberto Elias Mvua (Milange) e José Fernando (Gurué).

 

Na província de Tete, são novos edis, os cidadãos: César de Carvalho (Tete), Carlos Portimão (Moatize), Domingos Torcida (Chitima), Evaristo Fidélis (Ulónguè-Angónia) e Mamani Bunga Vale (Nhamayábwè). Já em Manica, os novos edis são: Jilane Constantino (Manica), Arlindo Cesário (Gondola), João Ferreira (Chimoio), Pero Mazonde (Catandica) e Latifo Vinho (Guro).

 

A província de Sofala passa a ter os seguintes edis: João Tangue (Marromeu), Sabete Morais (Gorongosa), Satar Colimão (Caia), António João (Nhamatanda), Manuel Chaparica (Dondo) e Albano Carige António (Beira). Em Inhambane, foram proclamados edis, os seguintes cabeças-de-lista: Benedito Guimino (Inhambane), Issufo Francisco (Maxixe), Jovial Setina (Homoíne), Roberto Zunguze (Massinga), Abílio Paulo (Quissico) e Joaquim Vilanculo (Vilankulo).

 

Na província de Gaza, sempre dominada pela Frelimo, são novos Edis, os seguintes cidadãos: Ageu Ngovene (Massingir), Francelina Nhantumbo (Manjacaze), Mufundisse Chilengue (Praia do Bilene), Ramal Mussagy (Macia), José Moiane (Chókwè), Henrique Machava (Chibuto) e Ossumane Adamo (Xai-Xai).

 

Na província de Maputo, onde a Frelimo foi declarada vencedora perante evidências claras da vitória da Renamo, em quatro autarquias, serão novos edis: Júlio Parruque (Matola), Luís Munguambe (Manhiça), Paulo Chitiva (Namaacha), Shafee Sidat (Marracuene), Geraldina Bonifácio (Boane) e Abdul Gafur Issufo (Matola-Rio). A capital do país será gerida por Razaque Manhique. (A. Maolela)

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