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segunda-feira, 23 setembro 2024 06:46

Eleições 2024: Roque Silva e Elias Dhlakama entre os ausentes da campanha eleitoral

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Quando faltam 13 dias para o fim da campanha eleitoral rumo às VII Eleições Gerais (Presidenciais e Legislativas) e IV Provinciais, o eleitorado vai-se ressentindo da ausência de algumas figuras proeminentes das principais formações políticas nas actividades de “caça” ao voto, que termina no próximo dia 06 de Outubro.

 

As ausências, que se notam desde o início da campanha eleitoral, a 24 de Agosto, são visíveis nos três principais partidos políticos do país, nomeadamente, Frelimo, Renamo e MDM (Movimento Democrático de Moçambique), com destaque para indivíduos com posições de gestão partidária ou que já estiveram em cargos similares.

 

Entre os ausentes, o destaque vai para Roque Silva Samuel, ex-Secretário-Geral da Frelimo, que, até ao meio-dia de 05 de Maio, era apontado como possível sucessor de Filipe Jacinto Nyusi na Presidência da República e que viu o sonho ruir ao cair da noite daquele domingo.

 

Desde que a campanha eleitoral arrancou, Roque Silva ainda não foi visto na rua ou em comício popular a pedir votos para o seu partido e muito menos para o candidato Daniel Chapo, a quem o Comité Central da Frelimo depositou confiança após ver seus candidatos preteridos pela direcção do partido.

 

A ausência do antigo número dois do partido no poder (que renunciou ao cargo após perder as eleições internas para Daniel Chapo) nota-se ainda numa altura em que antigos Presidentes da República e do partido (Joaquim Chissano e Armando Guebuza) encontram-se no terreno a pedir votos para o candidato do seu partido.

 

Aliás, Roque Silva está ausente igualmente das plataformas digitais do partido, assim como de Daniel Chapo, onde “pululam” vídeos de Armando Guebuza, Joaquim Chissano, Graça Machel e outros históricos da Frelimo a declarar seu apoio ao ex-Governador de Inhambane.

 

Quem também não foi visto em público a pedir votos pelo seu partido e o respectivo candidato é Elias Dhlakama, irmão do falecido histórico líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Dhlakama, que foi duas vezes derrotado por Ossufo Momade na disputa pela liderança do partido, está ausente da campanha eleitoral, assim como das plataformas digitais do partido e do candidato.

 

Deputado desde 2020, Elias Dhlakama ocupa agora a 15ª posição na lista da província de Sofala, num círculo eleitoral que terá 19 assentos na Assembleia da República, facto que o coloca numa posição delicada. Na companhia de Elias Dhlakama está Alfredo Magumisse, que ainda não foi visto a fazer campanha eleitoral desde 24 de Agosto.

 

Magumisse, lembre-se, foi um dos candidatos derrotados à presidência da Renamo, em Maio, e que, em Junho, denunciou exclusão na composição das listas do partido para a Assembleia da República, facto que irritou a direcção máxima do partido e que lhe deixou isolado da maioria. Ele, por exemplo, é o oitavo na província de Manica, de um total de 16 assentos disponíveis.

 

Já a nível do MDM, o destaque vai para a ausência da Secretária-Geral do partido, Leonor De Souza, que igualmente ainda não foi vista em público a pedir votos para aquela formação política e o seu candidato presidencial, Lutero Simango.

 

Aliás, à semelhança de Clementina Bomba, Secretária-Geral da Renamo, Leonor De Souza pouco tem dado nas vistas desde que foi eleita para o cargo, em Abril de 2022, em substituição de José Domingos, que ocupou o cargo entre 2018 e 2022. Tal como os outros ausentes, Leonor De Souza sequer tem aparecido nas plataformas digitais do partido. Refira-se, aliás, que para além da ausência de Leonor De Souza, são notáveis também as ausências de políticos como Luís Boavida (antigo Secretário-Geral) e Sande Carmona (antigo porta-voz). (Carta)

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