Estão confirmadas as presenças dos quatro candidatos presidenciais no diálogo político de amanhã, convocado pelo Chefe de Estado, na semana finda. Nesta segunda-feira, Daniel Capo, candidato presidencial e Secretário-Geral da Frelimo, confirmou a sua presença no encontro.
Em comunicado de imprensa partilhado pelo partido no poder, no início desta tarde, Daniel Francisco Chapo defende que a sua participação no encontro reafirma o seu “compromisso na promoção da estabilidade política do país”.
A nota refere ainda que Chapo “expressa o seu agradecimento pela iniciativa” do Presidente da República, Filipe Nyusi, que também é Presidente do partido Frelimo. A confirmação de Daniel Chapo no encontro que decorre amanhã, pelas 16h00, chega quase 24 horas após a o Presidente e candidato presidencial da Renamo, Ossufo Momade, ter confirmado a sua presença no dia.
No entanto, diferentemente dos candidatos da oposição, que vão ao encontro com pontos de agenda pré-definidos, a Frelimo não avança quaisquer pontos de agendas sugeridos por Daniel Chapo.
Lembre-se que Venâncio Mondlane, que reclama vitória nas eleições de 09 de Outubro, diz que só vai ao mediante a eliminação imediata dos processos judiciais instaurados contra si, a libertação de todos os detidos durante as manifestações e a indemnização das famílias cujos entes-queridos foram mortos pela Polícia durante as manifestações. Exige também que a reunião seja aberta à imprensa e com a presença da sociedade civil e da comunidade internacional.
Já Lutero Simango disse que tomaria parte do encontro, se o mesmo contar com a presença dos quatro candidatos e “uma agenda consensual”. Aliás, para o Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a reunião deve discutir as causas da actual tensão política pós-eleitoral e não as consequências.
Por sua vez, Ossufo Momade condiciona a sua participação à confirmação da participação (física e/ou virtual) de todos os candidatos presidenciais. Refere ainda que o Presidente da Renamo leva à mesa do diálogo a proposta de anulação das eleições gerais e provinciais de 09 de Outubro, assim como o reconhecimento, por todos os candidatos, de que o escrutínio não foi transparente.
A reunião, anunciada na terça-feira por Filipe Jacinto Nyusi, visa “discutir a situação do País no período pós-eleitoral”, caracterizada por manifestações populares em protesto contra os resultados eleitorais, que apontam uma vitória “retumbante” da Frelimo com mais de 70% dos votos. (Carta)