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quinta-feira, 28 novembro 2019 05:46

Juiz determina 720 mil Mts de caução para “presos políticos” em Gaza

O Juiz do Tribunal Judicial do Distrito de Chókwè determinou, esta terça-feira, a liberdade provisória dos 18 “presos políticos”, mediante o pagamento de caução no valor total de 720 mil Meticais. A informação foi revelada à “Carta”, na tarde de ontem, por Quitéria Guirrengane, Mandatária Nacional do partido Nova Democracia (ND), do qual pertencem os 18 “presos políticos”.

 

A cada um dos delegados de candidatura da ND coube, como condição para a libertação, uma caução no valor de 40 mil Meticais. A ND, tal como determinou o Tribunal Judicial do Distrito de Chókwè, tem cinco dias para proceder ao pagamento dos valores.

 

 

Para já, anotou Guirrengane, o partido não dispõe de fundos para pagar a caução dos seus delegados. No entanto, a fonte que temos vindo a citar avançou que já iniciaram démarches no sentido de mobilizar recursos para o pagamento do valor determinado pelo Tribunal.

 

Apesar de considerar injusta a decisão do Tribunal, por partilhar da ideia de que se trata de uma prisão injusta, tudo será feito, tal como assegurou Guirrengane, para que os 18 delegados sejam libertos nos próximos dias.

 

Guirrengane disse ao nosso jornal que a prisão continua figurar uma gritante arbitrariedade, uma vez que não há, volvidos mais de 40 dias, uma acusação formal contra os “presos políticos” e que, na passada segunda-feira, o Tribunal informou os advogados do partido que está ainda a fazer diligências sobre o caso.

 

Os 18 militantes da ND foram presos por terem pretendido controlar eleições, na qualidade de Delegados de Candidatura, em Chókwè, distrito umbilicalmente apoiante do partido no poder, a Frelimo. Os delegados da ND, que desde 15 de Outubro último encontram-se fora do convívio familiar, foram transferidos no passado dia 17 do mês prestes a findar, ao arrepio da lei, para a cadeia da cidade de Xai-Xai, na província de Gaza.

 

A mandatária da ND contou ao nosso jornal que apenas na manhã de terça-feira é que os “presos políticos” começaram a receber visita dos seus familiares, tendo, na ocasião, somente as raparigas sido beneficiadas. As visitas, confidenciou Guirrengane, aconteceram no momento em que decorria a audição no Tribunal Judicial do distrito de Chókwè.

 

Guirrengane contou, igualmente, citando as declarações dos familiares das jovens que tiveram direito à visita, que as mesmas continuam sujeitas a situações de maus tratos. (Carta)

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