Informações avançadas pelo jornal O País, na tarde desta quinta-feira, indicam que 12 estrangeiros, que se encontravam “refugiados” no Hotel Amarula, no dia do ataque terrorista à vila de Palma, norte da província de Cabo Delgado, foram decapitados pelos terroristas.
Sem avançar as circunstâncias em que as pessoas foram mortas, O País, baseando-se numa fonte da Polícia da República de Moçambique, refere que os corpos foram enterrados recentemente a 100 metros daquela estância hoteleira.
“Eram brancas, 12 pessoas de raça branca. Eram todos estrangeiros, não sei, não posso dizer as nacionalidades. Eles estavam no local e os corpos estavam aqui, como podem ver pelas manchas de sangue (local da decapitação e enterro)”, escreveu O País, citando Pedro da Silva Negro, membro da PRM que teve a missão de dirigir as cerimónias fúnebres dos malogrados.
Por seu turno, o porta-voz do Teatro Operacional Norte, o Brigadeiro Chongo Vidigal, garante que será mobilizada, com carácter de urgência, uma equipa de médicos legistas para o reconhecimento dos cadáveres.
“Ao nível da retaguarda, está a trabalhar-se nisso, não tenho ainda dados sobre isso (data da chegada da equipa da medicina legal)”, disse a fonte, em entrevista à Televisão de Moçambique.
Até agora não está claro se as pessoas terão sido assassinadas durante ou após a saída das Forças de Defesa e Segurança (FDS) daquele estabelecimento hoteleiro ou se fazem parte do grupo de cidadãos assassinados durante a evacuação das pessoas que se refugiaram ao Hotel Amarula.
Lembre-se que, quatro dias após o ataque, o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, Omar Saranga, informou que sete pessoas, que se encontravam no Hotel Amarula, terão sido emboscadas pelos terroristas após precipitarem-se numa coluna de viaturas que saía daquela estância turística. (Carta)