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A petroquímica norte-americana Exxon Mobil reafirma o compromisso de continuar a levar a cabo acções para o desenvolvimento dos projectos em instalação na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique. Mas continua sem data para Decisão Final de Investimento (FID, em Inglês) do Projecto Rovuma LNG, na Área 4, porque tem estado a redesenhar o projecto para permitir que seja “o mais limpo” possível, numa altura em que se exige a transição energética.
O compromisso foi tornado público pelo Presidente da Divisão de Perfuração e Extracção da empresa, Liam Mallon, após um encontro, esta quinta-feira, com o Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Tive uma reunião construtiva com o Presidente, onde tivemos oportunidade de abordar vários assuntos sobre o desenvolvimento da Área 4, reforçar o compromisso da Exxon Mobil para com o projecto, bem como abordar assuntos que temos vindo a levar a cabo durante o período da pandemia”, afirmou Mallon.
O terrorismo e a pandemia da Covid-19 foram principais factores que tem levado a Exxon Mobil e parceiros a adiarem sine die a FID do Projecto Rovuma LNG. A questão da transição energética, um debate actual, também tem merecido muita atenção por parte de investidores do sector.
O encontro de Mallon com o Presidente Nyusi também serviu para discutir a aludida questão. Sobre a matéria, o Ministro dos Recursos Minerais e Energia explicou que a Exxon Mobil informou o Presidente “sobre trabalhos em curso para o redesenho do Projecto com vista a usar tecnologias de captura de dióxido de carbono e, neste sentido, ter um projecto mais limpo”, por isso, só depois disso, “retomam negociações para a tomada da FID”.
Ernesto Max Tonela sublinhou ainda que foi objecto de discussão a necessidade “de uma cooperação entre os parceiros da Área 1 e Área 4 com vista a uma maior sinergia. Discutiu-se também a redução dos custos do projecto. Concordou-se que a Exxon Mobil vai continuar a trabalhar nesses dois objectivos, nomeadamente, a redução de custos, o redesenho do projecto para a captura do dióxido de carbono”.
A visita dum representante da Exxon Mobil acontece dias depois de o jornal norte-americano Wall Street Journal noticiar que a empresa estava a estudar cancelar o projecto da Área 4, citando pressões de investidores para limitar a aposta em combustíveis fósseis. Refira-se que, mesmo antes da vinda do Presidente da Divisão de Perfuração e Extracção da Exxon Mobil, a empresa desmentiu a informação, tendo reiterado a continuação. (Evaristo Chilingue)
