O Administrador Delegado da Eni, Claudio Descalzi, manteve ontem um encontro com o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi. O encontrou contou também com a participação do Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela. Descalzi apresentou o ponto de situação do Projeto Coral South, liderado pela Eni, que colocará em produção os recursos de gás de Moçambique.
O projecto está em curso e a instalação petrolífera Coral Sul FLNG em finalização na Coreia do Sul, será a primeira instalação FLNG em águas ultraprofundas no mundo e o primeiro produtor de GNL em Moçambique. Coral South - um projecto de referência para a indústria - vai projectar Moçambique no palco global de GNL, abrindo caminho para uma mudança transformacional do País, através do desenvolvimento de recursos de gás, uma das soluções mais eficazes para garantir uma transição energética justa.
Descalzi e Nyusi discutiram também oportunidades para a cadeia agro-industrial, com foco na valorização dos resíduos agrícolas e no cultivo de oleaginosas que não impactam na produção de alimentos. Estas culturas agrícolas seriam posteriormente convertidas em biocombustíveis premium graças à tecnologia proprietária das biorefinarias da Eni. Estas iniciativas iriam não só garantir a criação de empregos, mas também permitir que os agricultores tenham acesso directo ao mercado.
Descalzi apresentou também ao Presidente da República o ponto de situação das iniciativas florestais da Eni no país, incluindo a avaliação do programa REDD+, que teve início em Agosto de 2021 e que visa proteger e conservar as florestas de uma área com mais de 3 milhões de hectares na grande área de conservação transfronteiriça do Limpopo, em Moçambique. Através do projecto REDD+, a Eni poderá atingir progressivamente zero emissões líquidas do escopo 1 e 2 na sua participação nos projectos upstream em Moçambique e, potencialmente, fornecer ao projecto Coral South os créditos de carbono necessários para atingir a neutralidade de carbono.
Segundo a ENI, os projetos REDD+ têm um impacto significativo em termos de benefícios para a comunidade, na proteção da biodiversidade e também na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GHG). A Eni está em Moçambique desde 2006. Entre 2011 e 2014 a empresa descobriu gigantescos recursos de gás natural na bacia do Rovuma, nos reservatórios do Coral, Complexo Mamba e Agulha, que detém uma estimativa de 2.400 bilhões de metros cúbicos de gás. A Eni também possui direitos de exploração dos blocos offshore A5-B, Z5-C e Z5-D nas bacias de Angoche e Zambeze. (Carta)