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O Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, apresenta na manhã de hoje, em Sessão Plenária Solene, na Assembleia da República, a Informação Anual sobre a Situação Geral da Nação. O evento inicia quando forem 10:00 horas.
Naquele que será o seu segundo Informe sobre o Estado Geral da Nação no actual mandato (2020-2024), o discurso solene de Filipe Nyusi é aguardado com enorme expectativa, num ano em que a pandemia voltou a afectar a economia do país.
Do pódio da Assembleia da República, os moçambicanos anseiam saber o ponto de situação no combate aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, assim como o período que levará a intervenção militar estrangeira no país. Também é expectativa dos moçambicanos ouvir do Chefe de Estado que estratégias estão sendo elaboradas, com vista a impedir o alastramento da violência pelo país, depois de se registar alguns ataques na província do Niassa.
O estágio de implementação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens da Renamo e as estratégias desenhadas com vista a erradicar o crime organizado, assim como para reanimar a economia, severamente afectada pela pandemia, constam também da lista dos principais temas de debate público.
Para além destes pontos, é expectativa dos moçambicanos ouvir a avaliação do Chefe de Estado em torno do cumprimento do Plano Quinquenal do Governo, sobretudo, no que tange à criação de emprego para os jovens, assim como no combate à fome, duas das principais promessas, aquando da sua investidura em Janeiro de 2020.
O discurso solene do Chefe de Estado acontece quatro meses após o arranque do julgamento do caso das “dívidas ocultas”, que lesaram o país em mais de 2.2 mil milhões de USD e empurraram Moçambique para a sarjeta. Os moçambicanos aguardam, com expectativa, que o Chefe de Estado “quebre o gelo” e se pronuncie, pela primeira vez, em torno do assunto. Seu nome tem sido constantemente citado na tenda da B.O. e, até hoje, ainda não se pronunciou.
Sublinhar que desde que ascendeu ao poder, em 2015, Filipe Nyusi sempre caracterizou cada ano (de 2015 a 2020) como “atípico”, facto que acresce as expectativas em torno do discurso desta quinta-feira. Em 2020, por exemplo, o Presidente da República disse que o ano tinha sido “totalmente atípico”, devido à “crise em largas proporções” por causa da pandemia da Covid-19. Entretanto, garantiu que o Estado da Nação era “de resposta inovadora e de renovada esperança”.
Refira-se, entretanto, que as informações prestadas pelo Chefe de Estado não são debatidas por parte dos deputados, diferentemente dos Informes prestados pela Procuradora-Geral da República e pelo Provedor da Justiça. (Carta)
