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BCI
segunda-feira, 26 fevereiro 2024 08:30

Vítimas do desabamento da lixeira de Hulene não recebem subsídio de renda há cinco meses

O Governo definiu um subsídio de renda trimestral de 30 mil meticais para cada família, mas desde o terceiro trimestre do ano passado (2023) que o valor não cai na conta dos beneficiários. 

 

O Presidente da Associação das famílias vítimas do desabamento da lixeira de Hulene, António Massingue, disse que, ao todo, são 120 famílias que no último trimestre do ano transacto e nos primeiros meses deste ano não receberam os respectivos subsídios.

 

Massingue alegou que tem havido muita desorganização no pagamento dos subsídios e, até aqui, a informação de que dispõe é que as famílias vão ter o subsídio assim que for aprovado o orçamento deste ano, no fim do mês de Março. 

 

No entanto, a Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, diz que o Governo está a envidar esforços de modo a conseguir financiamento para o pagamento da última tranche do terceiro trimestre do ano passado e, no mesmo âmbito, a primeira deste ano.

 

“Nós vamos continuar a pagar o subsídio de arrendamento de casas às famílias que ainda não receberam as suas casas, até que as mesmas sejam reassentadas. Entretanto, temos mantido a comunicação com este grupo, sempre que temos encontrado dificuldades para pagar”, frisou Maibaze.

 

Falando à margem do lançamento da Plataforma Electrónica de Gestão de Conflitos de Terra, Maibaze garantiu que neste momento estão em curso várias acções com vista ao pagamento do subsídio destas famílias.

 

Por sua vez, o Presidente do Município de Maputo, Rasaque Manhique, disse que a edilidade está em busca de soluções flexíveis, para o encerramento definitivo da lixeira de Hulene. Também reiterou que a edilidade está a mobilizar recursos para subsidiar as famílias que ainda não receberam as suas casas.

 

Refira-se que várias vezes as famílias vítimas do deslizamento da lixeira de Hulene, já se manifestaram defronte do edifício do Conselho Municipal de Maputo para exigir o valor da renda.

 

Entretanto, das 260 famílias vítimas do deslizamento, 140 já receberam as suas casas, em Possulane, distrito de Marracuene, na província de Maputo, mas reclamam de falta de condições básicas, como escolas, unidades sanitárias, posto policial, mercados, entre outras infra-estruturas. (Carta)

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