A impopularidade do Governo da Frelimo chegou aos extremos. Em Changara, um distrito da província de Tete, o Governo local obriga professores a participarem das cerimónias de deposição de coroa de flores na praça dos heróis locais, como forma de embelezar aquelas cerimónias pouco acompanhadas pela população.
No passado dia 14 de Fevereiro, o Director da Escola Secundária Emília Daússe, Silva Fiosse José, publicou uma lista de professores que marcaram presença, assim como os que se ausentaram, na cerimónia de deposição de coroa de flores, alusivo ao Dia dos Heróis, 3 de Fevereiro.
A referida lista é composta por 75 nomes, sendo que 37 deles marcaram presença no evento e 38 estiveram ausentes. No documento, Silva Fiosse José exige que os professores faltosos apresentem um requerimento justificativo ao Director da Comissão dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT), a explicar as razões da sua ausência. O requerimento devia ser entregue até quarta-feira.
O documento está a ser interpretado como intimidatório pelas Organizações Não Governamentais. Segundo o CDD (Centro para a Democracia e Desenvolvimento), a medida adoptada pelo Governo do Distrito de Changara para colorir os seus eventos viola as liberdades fundamentais dos cidadãos, assim como dos funcionários públicos. Por isso, exige que aquele Governo distrital se conforme com os ditames constitucionais. (Carta)