Para além da falta de infra-estruturas adequadas e um deficit no fornecimento de energia eléctrica, o Plano Director Regional de Desenvolvimento de Infra-estrutura (RIDMP, sigla em Inglês) avaliado no seminário, ilustra ainda que alguns Estados membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) têm menos de 10 por cento de acesso à electricidade nas zonas rurais e, comparativamente à região, situa-se aquém dos níveis alcançados por outras comunidades económicas do continente, no que diz respeito ao acesso universal à electricidade.
O instrumento concluiu, igualmente, que as políticas e regimes regulatórios aplicados na região são inadequados à atracção de investimento e do sector privado, dificultando deste modo o financiamento de empreendimentos energéticos.
“A solução para os desafios referidos passa pelo reforço da cooperação regional, pois, a competitividade da região depende, em grande medida, da conjugação de esforços para reunir recursos de que cada um dispõe para o alcance do desenvolvimento abrangente de infra-estruturas em conformidade com a Visão 2027 da SADC”, disse Nampete.
Para que o seminário possa surtir efeitos positivos, o SP do MIREME desafiou os representantes dos 14 países membros da SADC, presentes no seminário, a apresentar um quadro e um roteiro prático, implementável e calendarizado para o reforço da RERA, que tenha em conta a promoção do desenvolvimento de um mercado regional de energia significativo e competitivo, assim como a criação de um ambiente propício para novos investimentos no sector da energia, resultando no crescimento da indústria de energia da SADC e na expansão do acesso.
Nampete desafiou também a facilitação plena de exploração das energias renováveis e das oportunidades de eficiência energética, para além de satisfazer as expectativas dos consumidores por meio de serviços de energia confiáveis, de qualidade e acessíveis. (Evaristo Chilingue)