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BCI
segunda-feira, 04 maio 2020 09:03

Para breve: Perspectiva-se melhoria da actividade logística e transporte de bens

Empresários despachantes aduaneiros perspectivam, para os próximos dias, uma melhoria da actividade logística e transporte de mercadorias nas principais fronteiras nacionais, na sequência do relaxamento de algumas medidas impostas pela vizinha África do Sul.

 

Em entrevista à Rádio Moçambique, o Presidente da Câmara dos Despachantes Aduaneiros de Moçambique (CDA), Dixon Chongo, afirmou que os serviços de despacho, trânsito e transporte aduaneiro e de logística estão negativamente afectados pela crise provocada pela Covid-19.

 

No entanto, o relaxamento de algumas medidas, com vista a manter activa a economia nos próximos dias, na África do Sul e na Europa, abre espaço para que os despachantes moçambicanos possam reactivar os seus negócios.

 

“África do Sul é o maior polo de exportação de mercadorias para Moçambique, é o maior centro de desenvolvimento de acção dos moçambicanos para o sustento das famílias e das empresas. Assim, relaxando-se as medidas na África do Sul, vem aí uma luz verde no sentido de que a actividade poderá de facto retomar. A Europa vai abrir nos próximos dias, portanto, nós temos aqui um caminho aberto, pelo menos, para esta área de serviços, logística, transportes, despacho aduaneiro em Moçambique, começar a fluir”, disse Chongo.

 

O Presidente da CDA afirma que os prejuízos provocados pela crise são enormes. À “Carta”, detalhou que todos os cerca de 200 despachantes aduaneiros membros da CDA, que empregam pouco mais 800 trabalhadores, encontram-se paralisados, pois, “não há exportação nem importação de bens, com as fronteiras sul-africanas fechadas. Mas, nem com isso, as empresas despediram os trabalhadores. Pelo contrário continuam a assumir os custos, pois, há espectativa de que dentro de poucas semanas a África do Sul reabra as fronteiras”.

 

Como forma de minimizar os prejuízos, Chongo defende cooperação entre o Governo, classe produtiva e trabalhadores, embora entenda que aspectos como segurança social dos trabalhadores, benefícios fiscais, devem continuar a ser analisados. Para minimizar os impactos da crise nas empresas, o Presidente da CDA defende ainda a fiscalização do cumprimento das medidas de política fiscal e monetária, principalmente por parte dos bancos comerciais. (E.C.)

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