A companhia de bandeira, Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), e a sua subsidiária, Moçambique Expresso (MEX), têm vindo a assegurar maior transporte doméstico de passageiros, em período de Emergência, decretado para conter a propagação do novo coronavírus (Covid-19).
Dados fornecidos à “Carta” pela empresa Aeroportos de Moçambique (ADM) indicam que, nos meses de Abril e Maio últimos, a LAM, MEX e a EMA (Ethiopian Mozambique Airlines) transportaram, internamente, um total de 46.8 mil passageiros, dos quais 38.7 foram transportados pela LAM e sua subsidiária.
Todavia, dados da empresa que gere os aeroportos nacionais mostram que o tráfego registado nos últimos dois meses é largamente inferior em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao impacto da Covid-19. Estatísticas indicam que 46.8 mil passageiros, referentes aos últimos dois meses, é quatro vezes menor que 195.5 mil passageiros transportados em Abril e Maio de 2019, dos quais 154.6 assegurados pela LAM e sua subsidiária.
Estes dados mostram, claramente, que medidas restritivas estão, em larga escala, a afectar o sector do transporte aéreo nacional, principalmente no segmento internacional, em que não há voos comerciais. Como consequência, informações divulgadas, semana finda, pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), avançam que o encerramento das fronteiras representou uma perda de 100% do volume de negócios, no transporte aéreo internacional.
Internamente, a CTA explicou que a queda, em 85%, da demanda por transporte aéreo de passageiros domésticos fez com que o ramo registasse perdas na ordem de 87% do volume de negócios, o que corresponde a cerca de 658.7 milhões de Meticais. (Evaristo Chilingue)