A implementação do Projecto Promove Transporte, cujas obras decorrem nas províncias de Nampula e Zambézia, regista um bom ritmo de execução, apesar dos desafios e constrangimentos relacionados com a pressão orçamental e a vandalização dos equipamentos e estaleiros, o que pode comprometer os prazos previstos.
Esta constatação foi apresentada pelo Presidente do Conselho da Administração do Fundo de Estradas, Ângelo Macuácua, na abertura da Terceira Reunião do Comité Directivo do Promove Transporte, realizada há dias, na cidade de Maputo.
Macuácua destacou que o Promove Transporte é uma abordagem de desenvolvimento que visa melhorar o transporte rural nas províncias de Nampula e Zambézia, contribuindo para o crescimento económico inclusivo, sustentável e para a redução da pobreza, no contexto da segurança alimentar e nutricional e das mudanças climáticas.
A fonte lamentou a vandalização do estaleiro das obras em Mutuale, no Distrito de Larde, sublinhando que este incidente pode comprometer a conclusão das obras e aumentar os custos das mesmas. Apelou à colaboração de todos os envolvidos para evitar conflitos e garantir a implementação do projecto dentro dos prazos estabelecidos.
A representante da União Europeia (EU), Paula Vasquez, reiterou o compromisso da organização em garantir que as províncias de Nampula e Zambézia aproveitem o seu pleno potencial produtivo, nas áreas agrícola, pesqueira, comercial e turística, através do Promove Transporte.
Ela também frisou a importância do investimento na educação, destacando as oportunidades para as mulheres e jovens, como os licenciados em engenharia envolvidos nas obras, e as benfeitorias proporcionadas, como a construção de salas de aula e furos de água.
Paula Vasquez mencionou ainda a necessidade de melhorar o planeamento para garantir que os desembolsos sejam realizados dentro dos prazos, evitar a acumulação de dívidas e assegurar o fluxo regular de recursos financeiros.
Por sua vez, presente no encontro, Elias Paulo, Director-Geral da Administração Nacional de Estradas (ANE), destacou os avanços nos três lotes que compõem o projecto, nomeadamente, em Nampula, Lote 1 Namitil-Angoche, e na Zambézia, Lote 2 Lioma–Mutuali; Gurué – Nampevo e Lote 3 Majaua-Milange e Milange-Molumbo-Mugomo, apesar dos desafios da pressão orçamental.
Ressaltou ainda que, até ao momento, os trabalhos realizados têm proporcionado melhorias significativas na transitabilidade das comunidades, sobretudo com a presença dos empreiteiros nos troços em obras, que têm feito manutenção nos principais desvios enquanto decorrem as obras.
A reunião teve como principal objectivo avaliar os progressos alcançados na implementação das actividades do projecto, discutir os riscos e desafios enfrentados e perspectivar as actividades a implementar no próximo exercício económico de 2025. (Carta)
As tensões pós-eleitorais em Moçambique estão a causar interrupções significativas no transporte aéreo regional, levando ao cancelamento de voos de embarque e desembarque. A TAAG - Linhas Aéreas de Angola anunciou o cancelamento dos voos DT 581 e DT 582, programados para ontem, 24 de Dezembro de 2024, que faziam a rota Luanda/Maputo/Luanda. Segundo o comunicado oficial, a decisão foi tomada devido à instabilidade no país, priorizando a segurança de passageiros e tripulação.
De forma similar, a companhia sul-africana Airlink informou que alguns dos seus voos diários de Joanesburgo e Cidade do Cabo para Maputo foram afectados. Os voos 4Z 370 e 4Z 271, previstos para a manhã de ontem foram cancelados e os passageiros reacomodados em outros horários e rotas. Os serviços de pernoita para Maputo e os voos matinais de retorno a Joanesburgo e Cidade do Cabo estão temporariamente suspensos.
A Airlink esclareceu que as suas operações para outros destinos em Moçambique, como Beira, Nampula, Pemba, Tete e Vilanculos, continuam inalteradas. A companhia garantiu ainda que retomará as operações normais para Maputo assim que a situação no aeroporto e arredores estiver estabilizada.
Igualmente, o voo Maputo-Doha da Qatar Airways foi cancelado. A Qatar Airways informou que o voo Maputo-Doha, programado para esta quarta-feira, 25 de dezembro, foi cancelado.
A companhia solicita que os passageiros entrem em contacto com sua equipe para mais informações ou para assistência na remarcação de passagens. “Pedimos desculpas pelo inconveniente causado e agradecemos pela compreensão”, declarou a empresa no comunicado oficial.
Os viajantes podem buscar suporte directamente nos balcões da Qatar Airways no Aeroporto Internacional de Maputo ou através dos canais de atendimento da companhia.
As companhias aéreas reafirmam o compromisso de manter os clientes informados e oferecem suporte para remarcações ou reembolsos, de acordo com as condições das tarifas. Esta situação destaca o impacto das tensões políticas na mobilidade e na economia regional, especialmente numa época em que o turismo e os negócios costumam intensificar-se. (Carta)