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Actualizado de Segunda a Sexta

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Empresas, Marcas e Pessoas

Moçambique encontra-se entre os países do mundo e da região Austral de África com menor número de testes realizados por 1.000 habitantes, depois de Madagáscar (5,06 testes por 1.000 pessoas) e Malawi (11,06 testes por 1.000 pessoas). A confirmação consta de um relatório de pesquisa realizado pelo próprio Instituto Nacional de Saúde (INS) e avalia a testagem no mundo entre os meses de Março de 2020 e Março de 2021.

 

De acordo com o documento, de 01 de Março de 2020 (data em que iniciou a testagem em Moçambique) a 31 de Março de 2021, o nosso país tinha testado 480.898 pessoas, o que representa uma média semanal de 1.639 testes. Cumulativamente, o país testou 14,95 amostras por cada 1.000 habitantes.

 

Como justificação, o INS aponta os critérios usados por cada país como estando na origem das discrepâncias na testagem da Covid-19 no mundo. Explica, por exemplo, que alguns países asiáticos adoptaram estratégias mais amplas de testagem, enquanto Moçambique estabeleceu uma estratégia mais limitada, onde apenas indivíduos com critérios de elegibilidade (história de contacto com caso positivo, presença de sintomas sugestivos da infecção ou para efeitos de viagem) eram submetidos aos testes de despiste do novo coronavírus. O INS sublinha ainda que a capacidade de testagem do país está abaixo da média no mundo, porém, “foi vital para o controlo da pandemia no país”. (Marta Afonso)

As Pequenas e Médias Empresas (PME) Technoplus, MOBI e Papers & Services – Infotech foram, segunda-feira, 20 de Dezembro, em Maputo, anunciadas como as grandes vencedoras das três categorias do concurso “Acelere o Seu Negócio”, promovido pelo Standard Bank. 

 

À empresa vencedora da primeira categoria, Technoplus, coube o prémio de dois milhões de meticais. Por sua vez, a vencedora da segunda categoria, MOBI, ficou com sete milhões, enquanto isso, a Papers & Services – Infotech arrecadou nove milhões de meticais, como vencedora da terceira categoria da competição. As três empresas vencedoras vão participar na última fase do concurso, na qual vão beneficiar de mentoria, por um período de 12 meses, visando a validação de ideias, troca de experiências e monitoria para a devida aplicação do prémio.
 
Intervindo no decurso da cerimónia de premiação, João Guirengane, director da Banca de Clientes Comerciais do Standard Bank, considerou que o banco saiu igualmente a ganhar com esta iniciativa, pois aprendeu imenso com as experiências partilhadas pelas empresas, durante várias fases do concurso. 
 
“Espero que surjam parcerias a partir da interação entre as PME, que deram corpo a este concurso, e que não se limitem, simplesmente, aos três prémios que foram atribuídos. Este foi um dos maiores e mais abrangentes concursos para PME moçambicanas e acredito que conseguimos esta proeza”, referiu. 
 
Os prémios, no valor total de 18 milhões de meticais irão, certamente, segundo enfatizou João Guirengane, contribuir para o crescimento das PME, sem nenhuma contrapartida: “Os vencedores vão embarcar numa viagem de 12 meses, durante a qual vão vivenciar experiências nunca antes imaginadas, visando elevar os seus negócios para um alto nível de desempenho”, frisou. 
 
O anúncio dos vencedores do concurso ocorre numa altura marcada pela eclosão da quarta vaga da pandemia do coronavírus, o que para João Guirengane vai, mais uma vez, concorrer para o estrangulamento das PME, daí que o concurso constituiu na resposta do banco aos desafios impostos por esta crise sanitária pública. Emocionada, a representante da Technoplus, Sázia de Sousa, considerou, na ocasião, que participar no concurso foi uma boa experiência: “Já me considerava vencedora, mesmo antes de ter sido anunciada, porque aprendi muito com os outros concorrentes e pela oportunidade de ter tido acesso a várias ferramentas. Este prémio será um reforço para a Technoplus, próximo ano”. Por sua vez, a representante da MOBI, Heleen Henriques, disse que a empresa tem estado a trabalhar, arduamente, ao longo dos dez anos da sua existência, pois trilhar o caminho do empreendedorismo, em Moçambique, é ainda muito difícil: “O empreendedor tem que abrir uma empresa, enfrentar várias barreiras e ultrapassá-las. O concurso deu-nos forças para continuar e perceber que não estamos sozinhos nesta empreitada. Não tínhamos, na MOBI, um plano de negócios no papel, mas já o temos”, indicou. Por último, o representante da empresa Papers & Services – Infotech, Yassfir Miá, disse que a expectativa é de que o prémio sirva de trampolim para a empresa fazer muito mais e melhor. Para o efeito, conta já com um plano de crescimento de negócio, que pretende implementá-lo dentro de curto espaço de tempo.
 
 
Importa realçar que o Standard Bank, ao promover este concurso, pretende aproximar-se ainda mais às PME moçambicanas, bem como contribuir para o crescimento do negócio destas, através do fornecimento de fundos de investimento de capital.(Carta)

A Gapi - Sociedade de Investimentos (Gapi-SI) e a Câmara de Comércio da Holanda em Moçambique rubricaram, esta terça-feira, um Memorando de Entendimento que visa garantir que as partes estabeleçam sinergias, dentro dos limites das suas capacidades e competências, adoptando o princípio da cooperação mútua.

 

O acordo ora estabelecido visa promover investimento, desenvolvimento e expansão de empresas e projectos nacionais, através de parcerias empresariais e troca de melhores práticas empresariais nas áreas de agro-business e fintech.

 

Na ocasião, o Presidente da Câmara de Comércio da Holanda/Países Baixos em Moçambique, José Xavier, assinalou que a organização que dirige decidiu se unir à Gapi, uma instituição forte e com experiência, para que juntos possam alcançar o desenvolvimento do sector agrícola em Moçambique.

 

Para o efeito, Xavier disse que a Câmara conta com um leque de parceiros bastante conhecidos pelo desenvolvimento agrícola e com fortes interesses de investir em Moçambique. “Quando estabelecemos a agricultura como um dos focos e unidos à Gapi, pretendemos ir atrás de vários projectos de agricultura já estudados e desenvolvidos para que possamos alcançar esse objectivo com maior precisão”, afirmou o Presidente da Câmara de Comércio da Holanda em Moçambique.

 

A Gapi tem um portfólio composto por cerca de 70% na área de agro-negócios. Por essa razão, o CEO da instituição financeira, Adolfo Muholove, sublinhou que a parceria na área da agricultura e não só com a Câmara do Comércio dos Países Baixos terá um grande impacto para a Gapi e seus clientes.

 

“Para nós, esta parceria estabelece uma ponte de ligação entre as nossas Micro, Pequenas e Médias Empresas e as empresas holandesas. Esta parceria vai contribuir para atrairmos investimentos holandeses para Moçambique e criarmos mercado para as nossas empresas nos Países Baixos. Este será o maior ganho desta parceria entre a Gapi e a Câmara do Comércio dos Países Baixos”, assinalou Muholove.

 

Em concreto, no âmbito deste Memorando, espera-se que se dinamizem e se promovam, no mercado holandês, projectos, produtos e/ou serviços desenvolvidos por um grupo de empresas e/ou projectos do portfólio da Gapi; se identifiquem, no mercado holandês, potenciais parcerias empresariais para a transmissão de melhores práticas e conhecimentos nos sectores de actividade acima referidos; e se identifiquem, no mercado holandês, potenciais investidores, com interesse em projectos e empresas nacionais, no portfólio da Gapi. (Carta)

O Moza Banco é o patrocinador oficial da mais recente obra literária do escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa. Trata-se da segunda edição do livro de prosa “Os Sobreviventes da Noite”, no qual o escritor descreve ao detalhe e de forma invulgar a realidade histórica de Moçambique no período pós-independência.

 

A obra da editora Cavalo do Mar, foi apresentada aos clientes e colaboradores do Moza Banco esta quinta-feira, 16 de Dezembro, em Maputo, um acto testemunhado, entre outras individualidades, pelo Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, João Figueiredo. 

 

“O Moza Banco, sendo uma instituição comprometida em agregar valor a Moçambique e aos moçambicanos, apoia com orgulho esta 2ª edição da proposta literária “Os sobreviventes da noite” que, pelo perfil do autor, pela riqueza literária e cultural patente nas obras que vem publicando, temos a plena convicção que é uma vez mais um excelente livro, do inteiro agrado dos amantes da literatura contemporânea e não só”, disse o Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, João Figueiredo.

 

“Os Sobreviventes da Noite” é um romance que retrata os horrores da guerra, na voz de um narrador estupefacto. Aborda um presente com traços passados de um país com aldeias e cidades destruídas durante a guerra por grupos armados.

 

Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, nasceu a 1 de Agosto de 1957, em Inhaminga, província de Sofala. É formado em Direito e em Ensino de História e Geografia, foi cronista em vários jornais, co-fundador da revista literária Charrua, director do Instituto Nacional do Livro e do Disco (INLD) e Secretário-Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos.

 

Ba Ka Khosa é, também, autor de “Orgia dos Loucos” (1990), “Histórias de Amor e Espanto” (1993), “Choriro” (2009), “O Rei Mocho” (infanto-juvenil 2012), “Entre as Memórias Silenciadas” (2013, prémio BCI para o melhor livro do ano), “Cartas de Inhaminga” (2017) e “Gungunhana” (2018).

O escritor moçambicano David Bene venceu, por unanimidade, o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura de 2021, com a obra de poesia "O vazio de um céu sem hinos", anunciou hoje a promotora do galardão.

 

Segundo o júri, a obra vencedora "procura uma linguagem carregada de sentido, umas vezes impessoal, outras sarcástica, entre a memória desvanecida do sublime e a violência concreta da circunstância e da História".

 

O prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura foi criado em 2015, reconhecendo, de forma alternada, trabalhos inéditos em Poesia, Ensaio e Tradução. Este ano, na sétima edição, o galardão foi dedicado à poesia.

 

"O vazio de um céu sem hinos", que toma o verso de Wallace Stevens por título, "parte do diagnóstico" da obra do poeta norte-americano, para estabelecer "uma sequência de poemas intertextuais, meditativos, surpreendentes", como sublinhou o júri.

 

Este trabalho foi selecionado entre 90 obras a concurso.

 

David Bene, nascido em Moçambique em 1993 e atualmente a residir no Japão, escreve poesia e prosa e tem publicado com regularidade em revistas literárias destes dois países, mas também no Brasil, em Portugal e em Espanha.

 

A sua estreia literária acontecerá com a obra "Câncer", que será brevemente editada, adianta a Imprensa Nacional.

 

Segundo a biografia disponibilizada pela editora, David Bene é licenciado em Geologia pela Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), mestre em Geologia Económica pela Universidade Akita (Japão) e doutorando em Engenharia de Recursos Minerais, na Univesidade Kyushu (Japão).

 

O Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura tem um valor monetário de 5.000 euros e inclui a publicação da obra distinguida, em 2022, na editora pública.

 

O júri foi presidido pelo crítico Pedro Mexia e integrou ainda o poeta e editor Jorge Reis-Sá e a professora universitária Joana Matos Frias.

 

Em edições anteriores, o prémio foi atribuído a José Gardeazabal (2015), Frederico Pedreira (2016), João Pedro Ferrão (2017), José Luiz Tavares (2018), João Paulo Sousa (2019) e Teresa Aica Bairos (2020).

A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) realizou, sábado, 18 de Dezembro de 2021, o primeiro voo comercial com destino ao Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi (FJN), a partir de Joanesburgo (JHB), com escala em Maputo.
 
A ocasião foi marcada pela entrega de certificados de reconhecimento aos primeiros 20 passageiros que desembarcaram naquele terminal do distrito de Chongoene, na província de Gaza, vindos do respectivo voo.
 
Trata-se de um voo comercial, tendo a LAM recorrido a um operador sul-africano, na busca de uma aeronave que para este primeiro dia  disponibilizou um equipamento de 35 lugares.
 
A iniciativa da LAM visa atrair turistas e comerciantes que queiram deslocar-se à província de Gaza a partir de JHB ou de Maputo, com redução do tempo de viagem.
 
O director geral da LAM, João Carlos Pó Jorge, referiu que depois da certificação do Aeroporto FJN, a empresa resolveu explorar a rota por entender ser necessário responder à demanda de passageiros que procuram para além do turismo e outros negócios.
 
“Estamos a explorar a rota para ver o que é viável para o mercado de aviação, principalmente, nesta rota recentemente inaugurada. Abrimos o mercado com este voo e notamos que houve algum interesse na aquisição de bilhetes. Para marcar esta ocasião, decidimos honrar os primeiros 20 passageiros com um certificado de reconhecimento”, referiu João Carlos Pó Jorge.
 
Por sua vez, a directora comercial da LAM, Luísa Ferreira, explicou que a companhia de bandeira nacional pretende, com o lançamento da exploração da rota, abranger todos os pontos do país que terão ligação com o Aeroporto FJN.
 
“Faz sentido explorar este potencial mercado. Penso que esta é uma excelente estratégia. Estamos cientes dos desafios que a rota possa trazer. Neste momento iniciamos a operação dos voos comerciais com uma frequência semanal, aos sábados, dependendo da procura do mercado que inicia em JHB ou vice-versa. Se o mercado mostrar-se receptivo, vamos introduzir a segunda frequência”, disse a directora comercial.
 
Vinda de JHB, com escala em Maputo, e tendo como destino final a cidade de Xai-Xai, a cidadã sul-africana, Ane Mari Pienaar disse que a iniciativa da LAM vai melhorar o tempo de viagem dos turistas que pretendam chegar àquele destino da província de Gaza.
 
“Venho da África do Sul e vou a Xai-Xai. Vou pela primeira vez ao Aeroporto FJN de Xai-Xai. É sempre seguro e poupa tempo ir de avião quando comparado com a via terrestre. É melhor”, afirmou a turista.
 
Sidónio Marco, que viajava na companhia dos seus filhos, referiu: “É gratificante fazer parte do primeiro grupo de passageiros que desembarcam no aeroporto recentemente construído e que revela muita coisa como o desenvolvimento do nosso país”.(FDS)