O escritor moçambicano David Bene venceu, por unanimidade, o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura de 2021, com a obra de poesia "O vazio de um céu sem hinos", anunciou hoje a promotora do galardão.
Moçambique encontra-se entre os países do mundo e da região Austral de África com menor número de testes realizados por 1.000 habitantes, depois de Madagáscar (5,06 testes por 1.000 pessoas) e Malawi (11,06 testes por 1.000 pessoas). A confirmação consta de um relatório de pesquisa realizado pelo próprio Instituto Nacional de Saúde (INS) e avalia a testagem no mundo entre os meses de Março de 2020 e Março de 2021.
De acordo com o documento, de 01 de Março de 2020 (data em que iniciou a testagem em Moçambique) a 31 de Março de 2021, o nosso país tinha testado 480.898 pessoas, o que representa uma média semanal de 1.639 testes. Cumulativamente, o país testou 14,95 amostras por cada 1.000 habitantes.
Como justificação, o INS aponta os critérios usados por cada país como estando na origem das discrepâncias na testagem da Covid-19 no mundo. Explica, por exemplo, que alguns países asiáticos adoptaram estratégias mais amplas de testagem, enquanto Moçambique estabeleceu uma estratégia mais limitada, onde apenas indivíduos com critérios de elegibilidade (história de contacto com caso positivo, presença de sintomas sugestivos da infecção ou para efeitos de viagem) eram submetidos aos testes de despiste do novo coronavírus. O INS sublinha ainda que a capacidade de testagem do país está abaixo da média no mundo, porém, “foi vital para o controlo da pandemia no país”. (Marta Afonso)
As Pequenas e Médias Empresas (PME) Technoplus, MOBI e Papers & Services – Infotech foram, segunda-feira, 20 de Dezembro, em Maputo, anunciadas como as grandes vencedoras das três categorias do concurso “Acelere o Seu Negócio”, promovido pelo Standard Bank.
A Gapi - Sociedade de Investimentos (Gapi-SI) e a Câmara de Comércio da Holanda em Moçambique rubricaram, esta terça-feira, um Memorando de Entendimento que visa garantir que as partes estabeleçam sinergias, dentro dos limites das suas capacidades e competências, adoptando o princípio da cooperação mútua.
O acordo ora estabelecido visa promover investimento, desenvolvimento e expansão de empresas e projectos nacionais, através de parcerias empresariais e troca de melhores práticas empresariais nas áreas de agro-business e fintech.
Na ocasião, o Presidente da Câmara de Comércio da Holanda/Países Baixos em Moçambique, José Xavier, assinalou que a organização que dirige decidiu se unir à Gapi, uma instituição forte e com experiência, para que juntos possam alcançar o desenvolvimento do sector agrícola em Moçambique.
Para o efeito, Xavier disse que a Câmara conta com um leque de parceiros bastante conhecidos pelo desenvolvimento agrícola e com fortes interesses de investir em Moçambique. “Quando estabelecemos a agricultura como um dos focos e unidos à Gapi, pretendemos ir atrás de vários projectos de agricultura já estudados e desenvolvidos para que possamos alcançar esse objectivo com maior precisão”, afirmou o Presidente da Câmara de Comércio da Holanda em Moçambique.
A Gapi tem um portfólio composto por cerca de 70% na área de agro-negócios. Por essa razão, o CEO da instituição financeira, Adolfo Muholove, sublinhou que a parceria na área da agricultura e não só com a Câmara do Comércio dos Países Baixos terá um grande impacto para a Gapi e seus clientes.
“Para nós, esta parceria estabelece uma ponte de ligação entre as nossas Micro, Pequenas e Médias Empresas e as empresas holandesas. Esta parceria vai contribuir para atrairmos investimentos holandeses para Moçambique e criarmos mercado para as nossas empresas nos Países Baixos. Este será o maior ganho desta parceria entre a Gapi e a Câmara do Comércio dos Países Baixos”, assinalou Muholove.
Em concreto, no âmbito deste Memorando, espera-se que se dinamizem e se promovam, no mercado holandês, projectos, produtos e/ou serviços desenvolvidos por um grupo de empresas e/ou projectos do portfólio da Gapi; se identifiquem, no mercado holandês, potenciais parcerias empresariais para a transmissão de melhores práticas e conhecimentos nos sectores de actividade acima referidos; e se identifiquem, no mercado holandês, potenciais investidores, com interesse em projectos e empresas nacionais, no portfólio da Gapi. (Carta)
O Moza Banco é o patrocinador oficial da mais recente obra literária do escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa. Trata-se da segunda edição do livro de prosa “Os Sobreviventes da Noite”, no qual o escritor descreve ao detalhe e de forma invulgar a realidade histórica de Moçambique no período pós-independência.
A obra da editora Cavalo do Mar, foi apresentada aos clientes e colaboradores do Moza Banco esta quinta-feira, 16 de Dezembro, em Maputo, um acto testemunhado, entre outras individualidades, pelo Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, João Figueiredo.
“O Moza Banco, sendo uma instituição comprometida em agregar valor a Moçambique e aos moçambicanos, apoia com orgulho esta 2ª edição da proposta literária “Os sobreviventes da noite” que, pelo perfil do autor, pela riqueza literária e cultural patente nas obras que vem publicando, temos a plena convicção que é uma vez mais um excelente livro, do inteiro agrado dos amantes da literatura contemporânea e não só”, disse o Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, João Figueiredo.
“Os Sobreviventes da Noite” é um romance que retrata os horrores da guerra, na voz de um narrador estupefacto. Aborda um presente com traços passados de um país com aldeias e cidades destruídas durante a guerra por grupos armados.
Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, nasceu a 1 de Agosto de 1957, em Inhaminga, província de Sofala. É formado em Direito e em Ensino de História e Geografia, foi cronista em vários jornais, co-fundador da revista literária Charrua, director do Instituto Nacional do Livro e do Disco (INLD) e Secretário-Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos.
Ba Ka Khosa é, também, autor de “Orgia dos Loucos” (1990), “Histórias de Amor e Espanto” (1993), “Choriro” (2009), “O Rei Mocho” (infanto-juvenil 2012), “Entre as Memórias Silenciadas” (2013, prémio BCI para o melhor livro do ano), “Cartas de Inhaminga” (2017) e “Gungunhana” (2018).
O escritor moçambicano David Bene venceu, por unanimidade, o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura de 2021, com a obra de poesia "O vazio de um céu sem hinos", anunciou hoje a promotora do galardão.
Segundo o júri, a obra vencedora "procura uma linguagem carregada de sentido, umas vezes impessoal, outras sarcástica, entre a memória desvanecida do sublime e a violência concreta da circunstância e da História".
O prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura foi criado em 2015, reconhecendo, de forma alternada, trabalhos inéditos em Poesia, Ensaio e Tradução. Este ano, na sétima edição, o galardão foi dedicado à poesia.
"O vazio de um céu sem hinos", que toma o verso de Wallace Stevens por título, "parte do diagnóstico" da obra do poeta norte-americano, para estabelecer "uma sequência de poemas intertextuais, meditativos, surpreendentes", como sublinhou o júri.
Este trabalho foi selecionado entre 90 obras a concurso.
David Bene, nascido em Moçambique em 1993 e atualmente a residir no Japão, escreve poesia e prosa e tem publicado com regularidade em revistas literárias destes dois países, mas também no Brasil, em Portugal e em Espanha.
A sua estreia literária acontecerá com a obra "Câncer", que será brevemente editada, adianta a Imprensa Nacional.
Segundo a biografia disponibilizada pela editora, David Bene é licenciado em Geologia pela Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), mestre em Geologia Económica pela Universidade Akita (Japão) e doutorando em Engenharia de Recursos Minerais, na Univesidade Kyushu (Japão).
O Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura tem um valor monetário de 5.000 euros e inclui a publicação da obra distinguida, em 2022, na editora pública.
O júri foi presidido pelo crítico Pedro Mexia e integrou ainda o poeta e editor Jorge Reis-Sá e a professora universitária Joana Matos Frias.
Em edições anteriores, o prémio foi atribuído a José Gardeazabal (2015), Frederico Pedreira (2016), João Pedro Ferrão (2017), José Luiz Tavares (2018), João Paulo Sousa (2019) e Teresa Aica Bairos (2020).