A prestigiada revista Global Finance acaba de eleger o Millennium bim como melhor banco na categoria de “Payments”, em 2019, reconhecendo esta instituição financeira pela solução inovadora que introduziu com o “Millennium IZI” e no âmbito da interoperabilidade.
A distinção surge no âmbito dos prémios ‘The Innovators 2019’ que, anualmente, destacam organizações a nível mundial nas várias categorias no sector financeiro. Os prémios “The Innovators 2019” reconhecem as instituições financeiras mais inovadoras e que, regularmente, identificam novos caminhos e criam novas ferramentas no mercado financeiro.
O serviço “Millennium IZI” apresenta-se precisamente como uma solução inovadora de Mobile Banking que conta já com mais de 8,5 milhões de transacções por mês, reforçando assim a maior rede de serviços bancários, em Moçambique. Permite aos utilizadores o acesso à maioria dos serviços do Millennium bim em qualquer tipo de dispositivo móvel.
O banco distingue-se, também, no âmbito da interoperabilidade que permite aos seus clientes o acesso aos serviços financeiros disponibilizados pelo “IZI” e pela “Vodacom M-Pesa”. Trata-se de uma plataforma flexível, de fácil acesso e, sobretudo, segura para realizar transacções em Moçambique, mas também no estrangeiro.
Joseph Giarraputo, editor e director editorial da Global Finance, classifica os vencedores como “desencadeadores do pensamento criativo”, referindo que todos os premiados “mostraram como canalizar a criatividade em produtos e soluções valiosas”.
Para José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “este prémio vem reconhecer, mais uma vez, todo o trabalho e inovação que o Banco, diariamente, coloca ao dispor dos seus Clientes com inúmeros serviços de alto valor acrescentado, resultado do empenho e da dedicação de todos os colaboradores do Banco”.
A Global Finance é uma revista de referência internacional no que respeita à informação dos mercados financeiros e análise do sector bancário mundial.
Esta distinção junta-se a outros prémios internacionais de relevo atribuídos pela Global Finance, mas também pela Euromoney, fazendo do Millennium bim a instituição bancária mais premiada de Moçambique. (Carta)
Os Caminhos-de-ferro de Moçambique contam, desde semana passada, com cinco novas locomotivas e 55 vagões-plataformas. Os meios, que fazem parte do primeiro lote de 300 vagões, foram inaugurados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, na passada quinta-feira (02 de Maio), na cidade de Maputo.
As novas locomotivas vão permitir, por um lado, a circulação de carga para os países vizinhos, em particular África do Sul, Zimbabwe, Reino de Eswatini, sobretudo em países de grande tráfego ferro-portuário e, por outro, que os CFM respondam com satisfação às necessidades dos clientes vindos de Ressano Garcia, Linha de Limpopo, onde a demanda é maior.
Cada locomotiva tem capacidade de transportar 2700 toneladas contra as actuais 1900 toneladas e farão com que aquela empresa pública não alugue vagões, podendo fazê-lo em casos extremos.
Durante a sua intervenção, o Presidente da República destacou o impacto que aqueles meios irão trazer na economia nacional. Para Filipe Nyusi, a aquisição desta maquinaria reforça parte das locomotivas dos CFM e irá aumentar a capacidade de produtividade e, por essa via, a sua capacidade de encaixe financeiro a curto e longo prazo.
Por sua vez, o PCA dos CFM, Miguel Matabele, disse que as locomotivas e os vagões-plataformas foram adquiridos por fundos próprios da empresa e enquadram-se no cumprimento do plano estratégico trienal 2018/2020 da empresa.
Matabele explicou ainda que os investimentos realizados permitem corresponder às espectativas e orientações do governo, no sentido da empresa continuar a contribuir para o desenvolvimento do país, através dos investimentos que têm sido realizados.
O Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, disse que os meios inaugurados constituem um passo significativo para a revitalização do sistema ferro-portuário do país para adaptá-lo com equipamentos modernos. (Marta Afonso)
“Europa em Perspectiva” é uma exposição que une quatro fotógrafos moçambicanos de renome internacional, que durante as suas viagens pela Europa captaram, através das suas objectivas, momentos simultaneamente belos e controversos. A exposição estará patente até ao próximo dia 31 do mês corrente, na Fundação Leite Couto, por ocasião do dia da Europa que se celebra a 09 de Maio.
Os artistas escolheram para esta colectiva algumas das suas fotografias, não querendo abordar apenas um aspecto técnico ou um género superior a outro. Pretendem utilizar o seu trabalho como instrumento para dar a conhecer, em poucas imagens, algo do que é hoje a Europa no seu todo.
Tarefa demasiado difícil, senão impossível, porque os diferentes aspectos referentes à Europa ainda não deixaram impressionar. Muitos textos e filmes de interpretação, de reportagem, de crónica, de história foram feitos.
A Europa moderna, produto de muitas mudanças económicas, religiosas, políticas e sociais, é um continente com características únicas, mas simultaneamente produto de diversas nações e culturas.
Não seria um diálogo fácil, nem prudente, aquilo que este pequeno número de imagens poderia fazer com o público. “Não podemos, nem pretendemos, contar a história da Europa, nem a vida daqueles que lá nasceram ou que lá habitam”, referem os artistas, sublinhando que a finalidade é dar ao público que visita a exposição uma verdadeira arte.
Ao preparar esta exposição torna-se indispensável uma referência à autonomia criadora dos quatro artistas moçambicanos, questionando qual a influência destas diferentes localidades da Europa no seu trabalho.
O que os impressionou e os levou a retratar a realidade europeia de forma tão diferente da que recolhe com a sua da câmara o habitual turista em invariáveis excursões com aquilo que é autêntico e relevante para Mauro Pinto, Filipe Branquinho, Sérgio Sentimano e Yassmin Forte.
Nesta pequena mostra, eles revelam emoções artísticas profundas e perspectivas críticas de grande emotividade.
Reinventa-se a fusão entre a erosão de edifícios arrojadamente modernos conservando um perfil totalmente realista, com a experiência sublime das paisagens cativantes ou com as imagens de um quotidiano legítimo que não necessita de ser clarificado para que seja aceite como tal. (Marta Afonso)
João Madureira para seus colegas de escola e João Louro para os seus colegas da LAM, mais seu co-piloto no cockpit, arrancaram, a dia 26 de Abril, ensurdecedores aplausos dos passageiros que viajavam de Maputo a Nampula num voo TM 150. Ouviram-se também estridentes assobios. Mas tanto os aplausos como as assobiadelas eram de satisfação e, ao mesmo tempo, de alívio.
João Madureira teve de enfrentar todas as adversidades climáticas para poder aterrar em segurança no Aeroporto Internacional de Nampula, depois de ter falhado a primeira aproximação. Falhou e subiu nas alturas com toda a força, embrenhando o avião entre as nuvens, num dia que provavelmente não era bom para navegação aérea. Quiçá?!
Deu uma volta e antes de tentar a segunda aproximação, João avisou os passageiros: se falharmos a segunda só nos resta regressar à Beira. Onde uma hora antes o aparelho fizera uma escala técnica. Lá tentou o João Madureira naquela tarde de "mau tempo" e com sucesso aterrou em segurança. Uff! Choveram os aplausos, que duraram todo o tempo em que a aeronave fez o “taxi” para ir se imobilizar. Era satisfação enorme! No meio de uma tempestade brutal, o Madureira fez aterrar o avião aterrou em segurança e não foi preciso ir à Beira.
A LAM tem motivos para se orgulhar destes seus jovens quadros. Nem só de atrasos e de catering que deixa a desejar vive a LAM. Há boas coisas lá. Aliás, antes de sair de Maputo, João Madureira teve de abortar a descolagem porque uma porta quase abrira. Se não o tivesse feito, talvez acontecesse o pior. (Carta)
A Fundação Galp acaba de lançar uma campanha denominada “Vamos Juntar Energias pela Beira”, que se realiza até o dia 31 de Maio, em Moçambique e Portugal. O objectivo é angariar bens para as vítimas do ciclone IDAI, que afectou a região centro do país. Em Moçambique, esta acção solidária vai decorrer em cerca de 30 postos de combustível nas províncias de Maputo, Nampula, Gaza e Inhambane, em parceria com a Cruz Vermelha de Moçambique e a Associação Helpo.
Com a campanha, espera-se recolher bens alimentares não perecíveis (feijão, arroz, massa, frutos secos, óleo, aveia, açúcar e enlatados de abertura fácil), produtos de higiene (sabão, sabonete e pasta dentífrica), calçado, utensílios de cozinha, materiais de abrigo (lonas), sementes e material para a prática da agricultura.
A acção insere-se no plano de apoio que a Fundação Galp está a implementar na sequência do ciclone que devastou a região centro de Moçambique. Lembre-se que, logo após o desastre, a Fundação Galp mobilizou apoio humanitário, disponibilizando bens de emergência no valor de 150.000 Euros para apoiar as operações de socorro às vítimas do ciclone, com foco na província de Sofala. (Carta)
A oitava edição do Lioness Lean in Breakfast que teve lugar, recentemente, na Incubadora de Negócios do Standard Bank, foi marcada pela apresentação do percurso e história da Minimal Living Box, uma startup moçambicana que se propõe a minimizar o problema de habitação em Moçambique.
De acordo com Marta Uetela, fundadora da startup de design e construção modular, a falta de habitação no País, principalmente para os jovens, e os altos preços praticados no mercado imobiliário constituíram motivos para a criação do seu estúdio de design e construção baseada em contentores.
Com este conceito, a jovem, estudante de engenharia mecânica, com uma curta passagem pelo curso de arquitectura, pretende trazer ao mercado nacional uma solução de habitação acessível, flexível, móvel e que esteja ao alcance da capacidade financeira dos jovens, que constituem a maioria da população.
Prova disso é o facto do preço do menor módulo (T1), feito a partir de um contentor de 20 pés revestido de isopor e gesso para absorção de calor, que comporta um dormitório, um espaço para lazer, uma banca de trabalho e casa de banho, estar estimado em 380 mil meticais.
“Trata-se da maior e melhor oportunidade de os jovens terem acesso à habitação e acredito que o mercado está sedento por uma solução do género”, considera Marta Uetela.
Para o Standard Bank, a estória de Uetela, que recentemente participou no #ideate Bootcamp, um programa de imersão empresarial promovido pela Incubadora de Negócios do banco, é uma demonstração clara do seu trabalho para impulsionar as pequenas e médias empresas e promover o empreendedorismo feminino.
“Acreditamos que a actividade económica é uma das formas de colocar em prática a paridade do género e de promover a inclusão financeira, por isso apoiamos a criação de condições para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens e ocupem o seu lugar no mundo dos negócios”, referiu Mónica Macamo, representante do Standard Bank na oitava edição do Lioness Lean In Breakfast.
Comentando sobre a motivação do banco para organizar este evento, Mónica Macamo referiu que estas iniciativas (Lioness Lean in Breakfast e Young Lionesses) constituem uma plataforma de projecção nacional e internacional que visa dar visibilidade às mulheres e alargar o seu acesso ao mercado, daí terem sido convidadas oradoras que tiveram a coragem de empreender (e hoje são uma referência) para partilharem as suas experiências e melhores práticas.
Para além do Standard Bank, o Lioness Lean in Breakfast organizado pela Lionesses of Africa, conta com o apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos, e da Eni Rovuma Basin.
A oitava edição do evento de partilha de experiências e criação de uma rede de contactos esteve dividida em duas sessões. A primeira, destinada a empresárias já estabelecidas teve comooradoras Shaida Seni (Prativa), Lubaina Momade (Luza Microcrédito), Alieça Ferreira (Link) e Epifânia Gove (Pifa Gove Millinery); sendo que a segunda (Young Lionesses), com foco em jovens estudantes universitárias que pretendem abraçar o empreendedorismo, teve como oradoras Marta Taquidir (Muthiana Orera), Marta Uetela (Minimal Living Box) e Paula Matsinhe (Uzuri Creations).
Ao avaliar as duas sessões, Melanie Hawken, fundadora e directora executiva da Lionesses of Africa, mostrou-se impressionada com o crescimento da comunidade de empreendedoras moçambicanas criada a partir desta iniciativa, que se situa em torno de duas mil mulheres.
“Criou-se uma forte rede de negócios a partir do Lioness Lean in Breakfast e do Young Lionesses, que permite a interacção entre as mulheres. Hoje, os produtos e serviços estão a ganhar espaço no mercado externo, e isso é muito importante”, justificou Melanie Hawken.
A propósito, a fundadora e directora executiva na Lionesses of Africa, anunciou para breve o lançamento de uma fundação que se vai dedicar à divulgação de histórias de sucesso de empreendedoras de diversos países, incluindo Moçambique, o que vai facilitar o acesso a vários mercados europeus.
Tânia Manhiça, fundadora da Leap Consulting (consultoria em gestão), foi uma das participantes do Lioness Lean in Breakfast e disse ter sido uma sessão de inspiração pois pôde ouvir histórias de sucesso e saber mais do percurso de diferentes mulheres.
“Percebi que do nada é possível criar algo notável. Muitas vezes o que nos trava é a nossa mentalidade. Enfrentamos muitas barreiras criadas por nós mesmas e que podemos ultrapassá-las facilmente e esta iniciativa ajuda as mulheres a ganharem coragem para empreender”, enfatizou Tânia Manhiça. (FDS)