Os anúncios sucessivos dos resultados intermédios das eleições autárquicas de 11 de Outubro pariram uma corrente de profetas que inundaram as artérias autárquicas, e não só, da terra da Pérola do Índico.
Certamente que o leitor já se terá cruzado, ou sido interpelado, por meios tecnológicos, com um ou mais “Profetas do 11 de Outubro”. O teor, e de consenso, da profecia: todos já, previamente, sabiam quais seriam os resultados das eleições e tudo o que aconteceria depois, incluindo as decisões dos tribunais e o “bit” do momento.
Faz pouco tempo um dos profetas ligou-me a reclamar a vitória do seu vaticínio: “Eu sempre te disse que desta vez seria diferente. O povo está cansado. Não me destes ouvidos”. Outro dia, um outro profeta também lembrou-me algo parecido, concluindo: “Nada que eu não tivesse previsto”.
Tenho outros exemplos de vaticínios dos “Profetas do 11 de Outubro”, mas deixo os parágrafos seguintes para o leitor elencar os da sua órbitra de amizades. Depois volto para fechar.
Em jeito de desfecho, e para efeitos de prevenção, espero que os “Profetas do 11 de Outubro” já tenham a decisão e o rumo dos acontecimentos quando o Conselho Constitucional deliberar sobre a validação destas polémicas eleições. Em caso de curiosidade, o leitor que pergunte a um ou mais “Profetas do 11 de Outubro” da sua órbitra de amizade. Eu farei o mesmo.