Em alguns dos pleitos eleitorais anteriores, gerais e locais, tive alguma dificuldade na escolha a fazer, tendo até recorrido ao infantojuvenil Pim Pam Pum. Temo que recorra a este método no próximo pleito eleitoral.
Acredito que não seja o único a recorrer a este método diante da impossibilidade de escolha de um dos candidatos, combinando com o risco em deixar o voto em branco, assumindo que esta decisão significasse a impossibilidade de escolha.
Ademais, e fora o risco, o voto em branco pode significar de que não haja escolha, mas também que o eleitor tenha dúvidas ou não reconheça a credibilidade do pleito em pauta.
Uma saída para os próximos pleitos seria a introdução da opção ”Nenhum Deles” no rol das escolhas. Algo como o ”Não Sei” dos inquéritos ∕sondagens.
Depois que partilhara esta proposta com um académico, este até colocara a possibilidade que tal fosse até um estímulo para atrair mais eleitorais nos dias de votação, invertendo a tendência actual de gazeta.
Subjaz que se o eleitor não vê a priori a quem escolher, por que carga de águas perderia o seu dia na data da votação? Pessoalmente não estou longe deste raciocínio e o da introdução da opção ”Nenhum Deles” no boletim de voto como o antídoto adequado.
Por ora, e para fechar, com ou sem a opção ”Nenhum Deles” no boletim de voto, na data das próximas eleições, 09 de Outubro de 2024, estarei no meu posto de votação cuja comparência prendesse mais com um record: o de continuar a ser um eleitor totalista dos pleitos eleitorais desde o de 1994, o pleito de partida da nossa democracia multipartidária. ”Seu teimoso”. Diria a minha avó.
Nando Menete publica às segundas-feiras
PS: A ideia de introduzir a opção ”Nenhum Deles” no boletim de voto implicaria um ajustamento legislativo no apuramento dos resultados. Por exemplo, e em caso de vitória da opção ”Nenhum Deles”, forçaria que os derrotados incitassem negociações e a formação de coligações, vencendo a coligação que apresentasse uma maioria superior.