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segunda-feira, 15 julho 2024 09:11

Inhambane e Sofala registam elevados índices de sinistralidade rodoviária

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As instituições ligadas à segurança rodoviária das províncias de Gaza, Inhambane e Sofala consideram de grave a situação dos acidentes de viação nas estradas dessas regiões, pois os índices continuam elevados. As más condições das estradas e a atitude do homem são apontadas como as principais causas dos sinistros.

 

A informação foi avançada sábado (13), no programa “Linha Directa” da Rádio Moçambique, emissora nacional, pelos representantes da Associação Moçambicana para as Vítimas de Insegurança Rodoviária (AMVIRO) em Sofala, Administração Nacional de Estradas (ANE) em Gaza, comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Inhambane, e Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO) em Sofala, onde reflectiam sobre a problemática dos acidentes de viação.

 

O representante do INATRO em Sofala, Assane Hussene, considerou o fenómeno de um terrorismo rodoviário.

 

“Como agentes reguladores e fiscalizadores, na minha opinião, estamos perante um terrorismo rodoviário que se está a viver. Se formos a ver, no cômputo geral, isso é devido ao comportamento humano”, disse Hussene.

 

Já o delegado provincial da AMVIRO, em Sofala, Lucas Mainato João, achou, por sua vez, dramática a situação dos acidentes de viação.

 

“Os acidentes rodoviários têm ocorrido dia após dia na nossa nação moçambicana, em particular na província de Sofala. Já tivemos dois acidentes trágicos nos últimos dias e isso traz um impacto negativo no seio da comunidade e da sociedade e danos nas famílias das vítimas de acidentes”, lamentou Mainato João.

 

Pelo mesmo diapasão alinhou o delegado provincial da Administração Nacional de Estradas (ANE) na província de Gaza, Elcídio Dove.

 

“Ocorrem acidentes por conta da velocidade excessiva e comportamento dos condutores. Como ANE, temos feito actividades de sensibilização junto com os outros colegas da PRM e INATRO na tentativa de reduzir esses acidentes que na sua maioria envolvem operadores de transporte de passageiros”, avançou.

 

Por seu turno, o representante da Associação dos Transportadores da Cidade da Beira, Francisco Gali, reconhece que na sua maioria os condutores dos veículos não têm preparação suficiente.

 

“De facto, temos que dar a mão à palmatória e deveríamos apostar em condutores com cartas recomendadas que são cartas de categoria de serviços públicos e profissional, mas neste momento nós nos deparamos com o desafio de inexistência desses condutores e acabamos levando qualquer motorista que nos aparece”, admitiu Gali.

 

Por sua vez, o chefe do Departamento de Trânsito no Comando da PRM em Inhambane, Dinis Macauze, lamentou esta situação e apelou a todos os reguladores rodoviários para serem rigorosos.

 

“O impacto é negativo, mas o relatório do primeiro semestre reflecte uma redução de 44 casos contra 51 do período homólogo de 2023 em que tivemos uma redução de sete casos, com 55 óbitos contra 66 do período análogo de 2023”, disse Macauze. (AIM)

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