A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve esta quarta-feira um observador eleitoral do CIP (Centro de Integridade Pública), no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado. Aconteceu duas vezes durante o recenseamento eleitoral.
A Polícia alega que o correspondente do CIP deve apresentar credencial e não reconhece o crachá emitido do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) Provincial de Cabo Delgado. Os órgãos eleitorais só emitem crachás para os observadores.
Pela primeira vez, o observador do CIP foi detido num centro de deslocados (americano) quando observava o recenseamento. À segunda vez foi no posto administrativo de Meza. A detenção de ontem foi na localidade de Nanjua. O correspondente do CIP veio a ser solto horas depois.
Por sua vez, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) denunciou, em carta dirigida à Comissão Distrital de Eleições de Manica, província de Manica, a vandalização do seu material de campanha eleitoral.
Segundo o MDM, só no dia 27 de Agosto foram vandalizadas 28 bandeiras, o que levou o partido a abrir, no dia 28, um processo-crime contra desconhecidos. No dia 29 de Agosto, os membros do MDM e da Frelimo entraram em confrontos devido à vandalização de materiais propagandísticos. A acção obrigou à intervenção policial. Segundo a denúncia do MDM, entre os dias 30 e 31 de Agosto, foram destruídas 34 bandeiras suas e aponta a Frelimo como a culpada. (CIP Eleições)